Vereadores passenses em ritmo de eleição da mesa
Candidatos ainda não assumem publicamente suas candidaturas, mas a campanha interna é intensa
Nesta primeira quinzena de dezembro os integrantes da Câmara de Passos estarão evolvidos na sucessão da Mesa que vai dirigir os destinos da Casa nos próximos dois anos. São dois anos importantes, não só pelo esforço de reeleição dos atuais membros da Casa, mas também a do prefeito Diego Oliveira – que, como qualquer prefeito, precisa do legislativo para viabilizar a tentativa de reeleição. E ele, em especial, já está em campanha desde que assumiu o cargo.
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Alguns nomes já foram colocados e, é claro, a administração municipal está envolvida até o pescoço na escolha do sucessor de Alex Bueno, mas aparentemente não quer demonstrar que está interferindo no processo. O problema é descobrir um nome que tenha viabilidade entre os membros da Casa – o que não está fácil.
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E no meio das negociações também estão envolvidos os caciques políticos, especialmente os deputados que controlam as legendas na cidade e suas emendas. Os caciques é que dão as cartas agora, tendo em vista o investimento que fizeram na eleição passada: a conta dos vereadores engajados (nem tanto) na campanha chegou. E mais do que os eleitores, eles estão cobrando a conta agora. Existem também os ex-dirigentes partidários, que apesar de ex, continuam dando as cartas nas legendas, à revelia dos atuais dirigentes.
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O povo não vota nessa eleição da Câmara, mas seria interessante para ele, o povo, ver qual a posição dos edis: se pensam no povo ou na reeleição. Os que aprovaram o aumento de cadeiras na Casa – e, consequentemente suas chances de reeleição –, por exemplo, estão pensando na campanha de 2024 e querem mandar a conta para o povo. E nunca é demais lembrar os nomes dos 8 vereadores que já votaram para aumentar a conta para o povo pagar: João Serapião, Luis Carlos do Souto Júnior, Alex Bueno, Plinio Andrade, Dirceu Soares Alves, Edmilson Amparado, Maurício Antônio da Silva e Michael Silveira Reis. Se não mudarem de ideia, lembre-se deles daqui a dois anos.
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Dessa lista do chamado grupo dos 8, pelo menos dois nomes recebem o apoio do Executivo – mas não dos seus pares na Casa. Um deles pode até ser investigado por benefícios já recebidos nos “negócios” e outro que mudou de lado por outros interesses da categoria que representa e investiu na sua eleição, bem maiores do que os interesses do povo, é claro. A semana promete!