Vereador pede para sair do União Brasil em Passos

Partido que originou da fusão entre o DEM e o PSL, o União Brasil, já tem defecções na cidade

Vereador pede para sair do União Brasil em Passos
Luis Carlos Souto Jr, o Dentinho, formalizou na justiça o seu direito de não se filiar ao novo partido (Reprodução)

O vereador Luis Carlos do Souto Junior, o Dentinho, formalizou na justiça eleitoral o seu pedido de desligamento do União Brasil – que surgiu da fusão do PSL com o DEM. Entre as justificativas apresentadas pelo vereador que foi eleito pelo DEM está a incompatibilidade com os integrantes do partido na cidade, especialmente o prefeito Diego Oliveira e o seu líder na Câmara, Maurício Silva.

 

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A juíza Patrícia Henriques Ribeiro acatou a solicitação e deu um prazo para a argumentação do partido. Se não for apresentada contestação convincente, o vereador poderá mudar de partido sem qualquer penalidade ou risco de perder o mandato.

 

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A inviabilidade da relação entre Luis Carlos e o novo partido prende-se, principalmente, no relacionamento com o líder do prefeito na Casa. Ambos já trocaram muitas acusações na Câmara. Esses episódios teriam sido incluídos nos argumentos que ele apresentou à justiça eleitoral. O vereador que está deixando a União Brasil ainda não anunciou a sua futura legenda.

 

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Nesta semana os problemas da saúde em Passos continuaram na pauta de assuntos dos vereadores. Coube ao vereador Francisco Sena colocar de novo a mão no Calcanhar de Aquiles da atual gestão: os números da saúde. Com os dados oficiais divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, referentes ao último quadrimestre, o vereador revelou que estão em caixa, sem utilização na pasta, quase R$ 6 milhões.

 

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E, segundo ele, mesmo com recursos em caixa, durante um ano a Secretaria de Saúde conseguiu apenas uma inserção de DIU  no programa Viva Mulher. E há 70 mulheres numa fila que esperam a atuação de um ginecologista.  Os números apontam ainda que a cobertura vacinal ficou bem abaixo da meta no ano passado. E a fila de espera nos ambulatórios é de mais de 4 meses. Aline Macedo, em aparte, apurou que foram feitas somente 125 mamografias em 4 meses na cidade de Passos. O que, segundo ela, é um absurdo.