Transporte coletivo de Passos com décadas de atraso ainda não atende população

Audiência sobre o transporte coletivo na Câmara revela que esse serviço também foi ignorado nas últimas décadas

Transporte coletivo de Passos com décadas de atraso ainda não atende população
Representantes do Executivo, Legislativo e da empresa debatem situação do transporte em Passos (Reprodução)

A audiência sobre o transporte coletivo em Passos realizada na semana passada na Câmara de Passos serviu para tornar públicas algumas importantes revelações – conhecidas, mas ignoradas. A mais importante delas é a comprovação de que os agentes públicos, nas últimas décadas, não tiveram qualquer compromisso com a evolução ou o necessário aperfeiçoamento desse importante serviço público, ou seja, interromperam políticas de gestão e abandonaram os investimentos que os antecessores fizeram principalmente na preparação de equipes técnicas de servidores para fazer o acompanhamento desse serviço.

 

***

A começar, por exemplo, com a comprovação de que há cerca de 15 anos o município não gastava 1 centavo com subsídio para empresas e a população era atendida. E, é claro, que muitas mudanças aconteceram no período a começar com o surgimento de novas demandas de transporte coletivo, ou a gratuidade para os idosos, mototáxis, aplicativos etc

 

***

A realidade mostra que a administração pública não acompanhou essa evolução e, por questões políticas, afastou dos cargos aqueles que se especializaram para isso inclusive patrocinados pelo poder público, e, agora terá que correr atrás do prejuízo. A conta da omissão e irresponsabilidade chegou.

 

***

Mas há um alento: pelo menos agora os vereadores estão discutindo a questão e, como não poderia deixar de ser, reconhecem que também são responsáveis pelos problemas que os antecessores causaram – até por omissão –  e na busca de soluções.

 

 

***

Mas a principal – e lamentável – constatação é que esse problema não aconteceu apenas no transporte, mas também em outros setores da administração pública da cidade, desde a saúde até a industrialização. A administração pública virou um cabidão de empregos e de interesses de grupos, dos quais o povo não fazia parte, apesar de todos falarem em nome dele.