Terceirizados da UPA de Passos estão sem receber salários
Secretário de Saúde reconhece falha e diz que providências judiciais estão sendo tomadas
Os vigilantes da Unidade de Pronto Atendimento – UPA – de Passos estão sem receber seus salários do mês de novembro, que deveriam ser pagos no começo de dezembro, devido ao atraso da empresa terceirizada que presta serviço de segurança na unidade de saúde, a Portal Norte.
A situação foi constatada pelo vereador Francisco Sena, que fez uma fiscalização na UPA nesta terça-feira. Segundo ele, os trabalhadores estão passando por dificuldades financeiras e sofrendo com a falta de respeito da empresa.
O vereador lembra que já havia denunciado a Portal Norte no Ministério Público do Trabalho e no Ministério Público Estadual, em outubro, por causa das irregularidades cometidas pela empresa. Entre elas, estão os constantes atrasos nos salários, que não são pagos até o quinto dia útil do mês, no abono alimentação, no FGTS e no INSS dos funcionários. Ele disse que vai continuar acompanhando o caso e cobrando uma solução para os vigilantes da Upa.
O Secretário Municipal de Saúde, Thiago Agnelo de Souza Salum, informou que todas as providências cabíveis administrativas, judiciais estão sendo tomadas. A empresa que presta serviço é terceirizada e os pagamentos do município para a empresa estão em dia.
“Estamos em fase final para a troca da empresa, e corre junto à Controladoria do Município um processo sindicante, levantando todas as falhas cometidas pela empresa, que será enviado ao Ministério Público, à Polícia Civil e também à Justiça do Trabalho. O município de Passos está em dia com as obrigações junto à Portal Norte, sediada em Belo Horizonte. Porém, a referida empresa é que não vem cumprindo as suas obrigações com os empregados, mas a administração municipal vem fazendo todo o possível para a regularização o mais rápido possível. Inclusive, abrindo um novo processo licitatório para que possa abrir para outra empresa oferecer melhores condições aos terceirizados da portaria da Unidade de Pronto Atendimento (UPA)”, explicou.
Salum reforçou que desde o início do contrato com esta empresa para vigilância, ela traz problemas. “São problemas relativos à falta de cumprimento com pagamentos do plano de saúde dos funcionários na integralidade, deixa de pagar alguns benefícios como os impostos junto ao INSS, dentre outros. Ela sempre deixa algo sem pagar, inclusive no salário. No vale alimentação deixa resquícios sem pagar. Não mantém regularidade junto aos ser contratados. Presta um serviço de má qualidade e temos até pouco retorno dos nossos pedidos com relação à empresa. O município se solidariza com os profissionais passenses que estão passando por esta situação e, por isso, tem corrido atrás de solucionar por meio dos recursos cabíveis”, finalizou.