Sonar de alta precisão vai ajudar em buscas no Porto de Guapé

O desaparecimento carro e do aposentado completa 144 horas na tarde deste sábado

Sonar de alta precisão vai ajudar em buscas no Porto de Guapé
Sonar da empresa ScubaMinas localizou a antiga ponte de ferro, intacta, da travessia Barra/Guapé, onde estão sendo realizadas as buscas do carro que se jogou da balsa (Helder Almeida)

A esperança de localizar o carro e o corpo do aposentado José Eugênio da Silva, de 75 anos, submersos no fundo da Represa de Furnas desde a tarde do último domingo, aumenta consideravelmente com a vinda de um aparelho do Corpo de Bombeiros de Brasília (DF), que está a caminho e deve chegar no Porto de Guapé, neste domingo, dia 22. Mesmo assim, as buscas continuam e a qualquer momento os mergulhadores militares de Passos e Belo Horizonte podem revelar a localização do veículo, e consequentemente, o corpo da vítima que ainda deve estar no seu interior preso ao cinto de segurança.

Em entrevista via telefone, por volta de 11h45 minutos deste sábado, o Major Guilherme, do 6º Comando Operacional de Bombeiros Militar (COB) de Poços de Caldas (MG), revelou que um sonar de alta precisão para localizar objetos em elevada profundidade. “Uma equipe de profissionais com barco e outros equipamentos já estão a caminho, devendo chegar neste domingo ou segunda, porque a viagem terrestre exige precaução e de forma lenta. Se o carro e o corpo do senhor José Eugênio forem encontrados antes, serão dispensados para regressar à Brasília”, explicou.

O primeiro mergulho deste sábado aconteceu por volta das 12h30, baseado em um dos pontos de referências obtidos através do uso do sonar que pertence à empresa SacubaMinas, com sede em São José da Barra. Até a conclusão da reportagem nenhuma informação foi repassada pelas autoridades de apoio que estão no acampamento dos bombeiros em terra na margem do lago.

O desaparecimento do carro e seu motorista, José Eugênio, ocorreu há seis dias, bem no meio do trajeto entre um cais e outro, de aproximadamente 800 metros de largura. Como era o primeiro da fila que se formou para a travessia, a vítima teria entrado no veículo de vidros fechados, ligado o motor e acelerou em alta rotação, ultrapassando a prancha da embarcação, que mesmo com o nível elevado, não evitou a queda na represa.

Só depois de 15 minutos, mesmo com as tentativas de pessoas pilotando jet-ski e um barco, e um dos vidros laterais quebrados, ocorreu o naufrágio do automóvel. José Eugênio era viúvo, morava em Alpinópolis (MG) e não tinha filhos. Deixou irmãos, sobrinhos e outros parentes de grau inferior