Sindicatos criam frente regional pela redução da jornada de trabalho
Dirigentes sindicais do setor público e privado da região fundaram a Frente Sul Mineira pela Redução da Jornada de Trabalho
Representantes de entidades sindicais do setor público e privado de Passos e região se reuniram nesta quinta-feira no salão de assembleias do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itaú de Minas (Sempre) para criar a Frente Sul Mineira pela Redução da Jornada de Trabalho.
Por aclamação, os participantes do evento deliberaram pela coordenação colegiada do movimento, que será representada pelo Presidente do Sindicato dos Comerciários de Passos (Sindcom), Davi de Oliveira, pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e Mobiliário de Passos e Região (Sindiconstro), Levi Amaral, pelo presidente do Sempre de Itaú de Minas, Antonio Rivelino Barbosa, e pela presidenta eleita do Sempre de Passos, Nelza Efigênia dos Santos Costa.
Embalados pela proposta de emenda constitucional de autoria da Deputada Federal Érika Hilton – PSOL/SP que dispõe sobre o fim da jornada de trabalho 6x1 (seis dias de trabalho e um de descanso), os participantes do evento avaliaram que a proposição exige do movimento sindical mobilização em prol da PEC, tanto em relação à sua divulgação e mobilização dos trabalhadores quanto na pressão aos deputados e senadores para a sua aprovação.
Estiveram presentes na reunião de criação da Frente, além de representantes dos sindicatos acima citados, os sindicatos de servidores Municipais de São Tomaz de Aquino e de São Sebastião do Paraíso e, ainda, a Federação dos Servidores Públicos de Minas Gerais (Fesmig).
De acordo com o Manifesto de criação do movimento, a Frente Sul Mineira pela Redução da Jornada de Trabalho tem caráter regional e está aberta à participação dos sindicatos de trabalhadores de todas as categorias e dos movimentos sociais.
O presidente do Sempre de Itaú de Minas e um dos coordenadores da Frente recém criada, Antonio Rivelino Barbosa, anfitrião da reunião que criou o movimento, destacou a importância da redução da jornada de trabalho para a(o) trabalhadora/trabalhador e família: “O fim da escala 6x1 é um avanço na preocupação da sociedade com condições dignas de trabalho para a maioria dos brasileiros. Por isso não mediremos esforços para que ela seja superada por uma nova legislação mais adequada à vida do trabalhador".
Ainda de acordo com Rivelino, as entidades sindicais decidiram que vão atuar para conscientizar os trabalhadores na base, municiando-os com informações. Além de conversas direta com os trabalhadores, será utilizado material gráfico e redes sociais para divulgar a proposta de redução da jornada de trabalho. Além disso, a Frente também atuará coletivamente em manifestações públicas e na cobrança de posicionamento da classe política sobre o tema, desde vereadores até senadores.