Selton Mello realizará Master Class no Teatro Gustavo José Lemos neste sábado

Junto ao irmão Danton, o pai e familiares, Selton lançou seu livro nesta sexta em Passos

Selton Mello realizará Master Class no Teatro Gustavo José Lemos neste sábado
O artista passense vai compartilhar suas experiências artísticas com o púbico (Divulgação)

Neste sábado, às 11h da manhã, o ator Selton Mello estará no Teatro Gustavo José Lemos para uma Master Class que promete ser um mergulho profundo em sua carreira. Selton compartilhará suas experiências artísticas ao longo de seus 40 anos de carreira.

 

O ingresso para esta experiência será com valor simbólico, com renda revertida para o Teatro Gustavo José Lemos, que é mantido pela ADESC Regional - Associação de Desenvolvimento Cultural, entidade que desde 2014 mantém as portas do teatro abertas.

 

Os interessados estão convidados a adquirir seus ingressos antecipadamente, pois a disponibilidade é limitada. Os ingressos estão disponíveis em: https://www.sympla.com.br/evento/masterclass-selton-mello/2298708

 

LANÇAMENTO CONCORRIDO

Selton Mello participou de uma manhã de autógrafos nesta sexta-feira, 5, no Cine Roxy, em evento de lançamento da autobiografia “Eu me lembro”. Passos foi a terceira cidade a receber o ator, dublador, diretor e escritor. Em 4 de dezembro, ele esteve na livraria Vila, em São Paulo, e em 11 do mesmo mês na Livraria da Travessa, no Rio de Janeiro.

 

O passense explicou que a ideia de produzir o livro surgiu na pandemia. A obra teve a participação de amigos, que auxiliaram o escritor com questionamentos sobre a sua vida e na reunião de memórias.

 

“Eu comecei a juntar memórias. Lembrar de coisas. Fazer um balanço e celebrar também. Eu não sei vocês, mas eu celebro muito pouco na vida, e isso é um erro. A gente precisa celebrar as nossas vitórias. Celebrar mesmo. Ficar feliz com as conquistas. E eu faço pouco isso”, relatou Selton.

 

O ator ressalta a importância de Passos e Nepomuceno, cidade da mãe, para o processo de escrita do livro. “Eu vivi muito entre aqui e lá (São Paulo) na infância. Muitas lembranças dos meus primos e meus tios. Muitos estão aqui (Passos) e aqui (apontando para o coração no peito). Eu poderia fazer um outro livro apenas com as minhas aventuras em Passos”.

 

Outro ponto destacado por Selton é relacionado à mãe. O livro é a costura entre a perda da memória dela, que sofre de Alzheimer, e a tentativa do filho de recuperar memórias da família e acontecimentos que marcaram a sua formação como pessoa e profissional.

 

“Eu tinha alguma coisa criativa e sensível que veio da minha mãe, que não tá aqui porque tem Alzheimer, que é uma coisa que eu demorei pra dizer ao público, porque achei que não era o caso, mas agora, recente, eu descobri que é bonito falar disso”, explicou o escritor.

 

Selton foi presenteado com um violão por seu tio, quando era criança, e desabafou que o instrumento teve papel essencial na sua formação como artista. “Vocês podem pensar ‘ah, um violão’, mas aquilo era um portal. Aquilo abriu uma porteira gigante na minha vida para o descobrimento das minhas capacidades artísticas que eu nem imaginava que tinha”.

 

No cinema e na papelaria ao lado, foi feita a venda do livro no valor de R$ 79,99. Segundo a atendente da papelaria, foram disponibilizadas 400 edições da obra. Cerca de 260 foram vendidas e o restante será destinado a Nepomuceno, onde o ator realiza tarde de autógrafos, neste domingo, 7, às 16h, no Espaço Santé Casarão.

 

Ao longo dos capítulos, Selton descortina os principais personagens que interpretou, dublou e dirigiu, revela bastidores de gravações, as técnicas usadas para compor seus trabalhos e detalha experiências inesquecíveis, como dirigir o ator Paulo José já debilitado pelo Parkinson no antológico filme “O Palhaço”.

 

As perguntas dos convidados abrem caminho para a intimidade que ele não costuma compartilhar publicamente. Exemplo disso são as passagens sobre a relação do ator com a mãe, Selva, acometida pelo Alzheimer, e a comunicação mais espiritual mantida pelos dois desde o agravamento da doença. Esse vínculo funciona como a premissa do livro, pois lembrar, hoje, é essencial para manter as memórias da infância no interior de Minas Gerais, ou nos corredores da TV dos anos 1980.