Rumo ao Oeste e o massacre de indígenas
Série da Netflix é inspirada em um período de disputa territorial sangrento e violento no Oeste americano
Territorialmente, os Estados Unidos como conhecemos hoje é bastante diferente do espaço ocupado pelas 13 colônias britânicas que originaram o país. Isso porque, após sua independência, existiu uma grande campanha para ocupar novas terras. Tal empreitada se intensificou no Século XIX e ficou conhecida como “marcha para o Oeste”. Além de ter conseguido conquistar os territórios, esse foi um processo especialmente violento para as comunidades indígenas que ali viviam, tendo muitas sido dizimadas ao longo desse processo. Apesar de, historicamente, os filmes de faroeste estarem centrados em narrativas de homens brancos, nos últimos anos é possível perceber uma mudança de perspectiva.
Em “Terra Indomável”, uma mulher e seu filho embarcam em uma desesperada jornada para chegar ao Oeste dos Estados Unidos (Divulgação)
Filmes como “Assassinos da Lua das Flores” e a nova minissérie original da Netflix, “Terra Indomável”, têm optado por contar a história de maneira menos caricata, colocando em evidência o massacre das comunidades indígenas. Com estreia marcada para quinta-feira, 9 de janeiro, a produção da plataforma de streaming se passa em 1857 e possui 6 episódios. A história irá acompanhar a jornada de Sara Rowell (Betty Gilpin) e seu filho que fogem de um passado misterioso em busca de uma vida melhor nas terras ao Oeste. Para isso, a mulher contrata um guia que foi criado pela tribo Shoshone.
Porém, ao longo dessa travessia, mãe e filho vão testemunhar os horrores da guerra sangrenta que está sendo travada nos territórios do Oeste. É importante destacar que “Terra Indomável” terá uma classificação indicativa de 18 anos, por conta de suas cenas de violência explícita. Além da história de Sara e seu filho, a minissérie também irá retratar a disputa de poder entre o exército norte-americano, os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Últimos Dias e da tribo Shoshone. Por conta disso, algumas figuras históricas que realmente existiram surgem na trama, como o governador de Utah e presidente da Igreja, Brigham Young, mesmo essa sendo uma história fictícia.