Quase metade da população de Passos na fila da saúde

Levantamento foi apresentado pela Secretaria de Saúde ao vereador Francisco Sena

Quase metade da população de Passos na fila da saúde
Mais de 5 mil pessoas aguardam uma consulta com oftalmologista em Passos (Reprodução)

43.317 pessoas em Passos estão aguardando atendimento na saúde pública da cidade. O levantamento é da própria Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Passos em relatório enviado ao vereador Francisco Sena, que na sessão da última segunda-feira fez uma exposição sobre os relatórios divulgados pela Secretaria, com números considerados por ele como “alarmantes”.

Pelo relatório da Secretaria, há 21.918 pessoas esperando apenas por consultas com médicos especializados – sendo a maior demanda para oftalmologistas, com 5.079 solicitações. Além disso, 10.471 pessoas aguardam por ultrassonografias, aproximadamente 5.000 por cirurgias eletivas e 5.928 por exames laboratoriais.

Ainda segundo o relatório, quase 1 mil pessoas estão aguardando retorno de procedimentos já iniciados. Como nos dados apresentados faltam informações, o vereador informou que vai solicitar mais esclarecimentos e, por recomendação de seu colega Edmilson Amparado, através de aparte, o pedido poderá ser feito através de liminar e a Secretaria tem prazo para apresentar os números.

“O que mais causa preocupação é o fato de que, em 2023, mesmo após descontar as despesas empenhadas, restou um valor de R$ 15.529.420,08 na área da saúde. Diante de uma demanda tão expressiva de pessoas nas filas, é essencial que o município não permita que recursos financeiros sobrem sem uso, mas sim que gerencie adequadamente esses recursos para eliminar as filas de espera”, argumentou o parlamentar.

Como sugestão para resolver o problema e atender a população, o vereador está propondo que o município organize mutirões de consultas, exames e cirurgias em outras cidades, caso tais serviços não estejam disponíveis em Passos. “Isso poderia acelerar o atendimento à população e otimizar a aplicação dos recursos em saúde”, afirmou.