Projeto ‘Raízes de Passos’ destaca o artista Jerônimo Netto

Jerônimo Netto nasceu em Formiga e acabou por mostrar seu talento artísticos em Passos

Projeto ‘Raízes de Passos’ destaca o artista Jerônimo Netto

O Instituto Motirõ de Passos lançou, na semana que passou, nas redes sociais Instagram e TikTok, o sexto episódio do projeto Raízes de Passos: preservando memórias e histórias. O homenageado da vez é o artista plástico Jerônimo Felipe da Costa Netto, personalidade que deixou marcas profundas na história cultural municipal. A cada edição do projeto, são apresentadas cinco curiosidades sobre os personagens históricos da cidade através de um clipe, e desta vez por Betânia Marques.

Nascido em 5 de novembro de 1891, em Formiga (MG), Jerônimo Netto chegou a Passos ainda criança, aos sete anos de idade. De origem humilde, sua mãe trabalhava como lavadeira, cursou apenas até o terceiro ano do ensino primário. Ainda na adolescência, aprendeu marcenaria e corte e costura, confeccionando ternos para os coronéis da cidade e para a Loja Sarno.

A trajetória artística de Jerônimo Netto foi marcada pela criatividade e dedicação. Autodidata, ele produzia suas próprias tintas utilizando óleo de linhaça, serragem, terra e areia. Seu talento o levou a realizar, em 1927, um dos maiores desafios de sua vida: as pinturas do Pavilhão Santa Inês, que posteriormente foram transportadas e instaladas no teto da igreja matriz Senhor Bom Jesus dos Passos.

Além da arte, Jerônimo também se destacou na música. Tocava flauta, bandolim, clarinete e saxofone, instrumentos que aprendeu a dominar sozinho. Atuava nas bandas de música de São José e de Nossa Senhora das Dores, e era conhecido também como excelente dançarino e participante ativo da Liga Operária.

Sensível às questões sociais, Jerônimo promovia, pelo menos uma vez por mês, almoços solidários para pessoas com hanseníase que viviam na periferia de Passos, mostrando seu compromisso com a solidariedade e a dignidade humana.

Jerônimo Netto faleceu precocemente, aos 39 anos, vítima de um derrame cerebral fulminante, em 15 de setembro de 1931. Em 2024, ele foi homenageado no documentário ‘Jerônimo Netto: arte, legado e mensagem’, produzido por seu bisneto Vicente Abreu, reforçando a importância de sua contribuição artística e humana para as gerações futuras.

Com o projeto Raízes de Passos (veja aqui), o Instituto Motirõ busca manter viva a memória de personagens como Jerônimo Netto, cujas histórias inspiram e enriquecem a identidade cultural da cidade.