Professores querem parar dias 6 e 7 em movimento por reajuste salarial
Paralisação dos professores é uma resposta ao adiamento da votação do projeto de reajuste salarial da educação na Assembleia
Os professores da rede estadual de educação de Minas Gerais anunciaram paralisação das atividades para esta quarta (5/7) e quinta-feira (6/7). A categoria tenta pressionar os parlamentares da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pela aprovação do Projeto de Lei (PL) 822/23, que trata do reajuste salarial da educação.
A paralisação foi convocada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) em resposta ao adiamento da votação do PL, que altera o piso inicial dos professores estaduais, assegurando uma recomposição desde janeiro deste ano. O texto já foi aprovado em primeiro turno, mas teve a votação do segundo turno suspensa na última quinta-feira (29/6) por causa da obstrução da bancada de oposição.
O Sind-UTE acusa o Governo de Minas e sua base na Assembleia Legislativa de impedir a votação do reajuste de 12,84%. "Nós estaremos paralisados para pressionar pela aprovação do projeto de lei, do reajuste da educação. A educação precisa ser respeitada, e não merece ser tratada como moeda de troca pelo governo do Estado", disse Denise Romano, coordenadora-geral do Sind-UTE. Na quarta (5/7) e quinta-feira (6/7) os servidores farão um ato em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na Região Centro-Sul de BH.
IMPASSES
O PL altera o piso inicial dos professores estaduais de R$ 2.350,49 para R$ 2.652,22. A categoria, no entanto, ainda reivindica o pagamento do piso nacional dos professores, que teve um reajuste de 15% em relação ao ano passado, saindo R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55.
Os servidores cobram urgência na aprovação do projeto, já que os salários deveriam ter sido atualizados seis meses atrás, em janeiro. "Nós queremos os 12,84%, mas vamos continuar na luta pelo nosso piso nacional", disse a coordenadora-geral do Sind-UTE.