Professores da Uemg decidem entrar em greve a partir de quinta

Decisão foi tomada em assembleia realizada nesta segunda-feira pela categoria

Professores da Uemg decidem entrar em greve a partir de quinta
Adesão à greve pelos professores não é obrigatória. Já o setor administrativo irá trabalhar normalmente em Passos (Arquivo)

Professores da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta próxima quinta-feira, 2 de maio). A decisão, segundo a Associação dos e das Docentes da Uemg (Aduemg), foi tomada em assembleia nesta segunda-feira, 29. Eles reivindicam melhores salários.

Em Passos, a informação divulgada nesta segunda-feira é que os servidores da área administrativa não aderiram ao movimento. A adesão à greve pelos professores não é obrigatória

"Devido a intransigência do governo em negociar e atender as reivindicações da categoria, a histórica assembleia deliberou com ampla maioria dos/das presentes (92,2%) pelo início da greve por tempo indeterminado, que começará no dia 02 de maio", publicou a Aduemg. Dos 523 professores da assembleia, 92,2% votaram pela greve; 3,3% foram contrários e registradas 22 (4,5%) abstenções.

Entre as reivindicações da categoria está a incorporação de gratificações ao salário-base, sendo extensivo às aposentadorias da classe. “Se uma docente engravidar ou se um docente pegar atestado médico, perde a gratificação. As gratificações são penduricalhos que podem representar até 20% do salário. Mas não há incorporação e a gente não consegue dialogar com o Governo”, diz Fernanda Hurbath Pita Brandão, professora efetiva na Uemg de Passos.

Ela cita que o acordo de incorporação das gratificações já havia sido feito na greve de 2016, no Governo de Fernando Pimentel, mas que até hoje não foi cumprido. Ao longo dos anos, contabiliza a docente, a defasagem salarial dos professores da Uemg chega a 70%. “O governo alega que não pode conceder aumento para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal.”

De acordo com a Aduemg, as condições apresentadas pelo Governo de Minas abriam a possibilidade em "não pagar os(as) contratados(as) de acordo com a titulação máxima apresentada no ato da contratação".