Presidente da Câmara faz desafio aos “juristas” da Prefeitura
Contrato da Prefeitura com a Unibase para asfaltamento de 28 ruas será debatido em reunião nesta terça-feira
A presidente da Câmara de Passos, Aline Macedo, usou a tribuna da Casa na reunião desta segunda-feira, 11, para cobrar a ação dos “excelentes juristas” da administração municipal contra a empresa Unibase, que há quase dois anos vem protelando o asfaltamento das 28 ruas que foram licitadas no ano passado e que continua com seu contrato com a Prefeitura de Passos para executar as obras com recursos de emendas federais renovado.
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“A Prefeitura está cheia de juristas que ficam barrando a liberação de recursos para creches, entidades que alimentam crianças, que cuidam de idosos e na hora de exigir que empresas que estão aí zombando na cara da administração, eles, que são ordenadores de despesa, não dão conta de achar jurisprudência para acabar com esses abusos. Vai fazer o que precisa, ao invés de prejudicar a nossas entidades. O que vocês vão fazer quando o asilo fechar, a Apae deixar de atender e todas as instituições que fazem o que o poder público não consegue fazer fecharem suas portas? Vocês não dão conta de exigir que uma empresa cumpra seu contrato com a administração pública. Tenham paciência!”, afirmou
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A novela do contrato da empresa Unibase com a Prefeitura de Passos, uma interminável trama que dura 1 ano e 9 meses para o asfaltamento das 28 ruas da cidade de Passos com verba de emenda federal (que está indo pelo ralo), foi o principal assunto na reunião desta segunda, 11, da Câmara de Passos. O imbróglio é suprapartidário, ou seja, como todos os vereadores de oposição e situação tentaram tirar vantagem das obras que não aconteceram, as bancadas estão unidas com o mesmo objetivo de achar um final feliz para esse dramalhão. Afinal, no ano que vem tem eleição...
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A peleja começou com a manifestação do vereador Plinio Andrade – é que uma de suas bases eleitorais é o bairro Serra das Brisas, onde ele já fez várias comemorações de início das obras e que acabaram abandonadas. Ele convidou os colegas para uma reunião a ser realizada nesta terça-feira com representantes da empresa Unibase, do legislativo, executivo e judiciário para debater a situação. Revoltado com a situação, ele comentou que a administração vai realizar novas licitações para asfaltamento de ruas em Passos e se a Unibase vencer qualquer licitação ele vai subir à tribuna com o nariz de palhaço
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Seu colega Alex Bueno disse que se isso ocorrer, não será apenas o nariz, mas a roupa inteira de palhaço que a cidade deveria vestir. Edmilson Amparado fez um aparte e apostou que a empresa – que não atende nem mesmo as convocações do Ministério Público de Passos – não vai comparecer à reunião desta terça. Com o que concordou até o líder do prefeito na Casa, Maurício Silva, adiantando que nem estará presente à reunião.
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Quem se uniu às críticas à situação do asfalto das 28 ruas foi o vereador João Serapião, que na maioria das vezes faz o papel de líder do prefeito na Casa. Ele sugeriu até uma mudança na denominação da empresa: de “Unibase” para “Não-tem-base”.
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Mas quem fez um retrato fiel da situação desse contrato da Prefeitura com a empresa foi o vereador Francisco Sena. Através de um quase power point dessa história da “não-tem-base”, ele mostrou em vídeo que em 2020 chegou a verba de R$ 5 milhões 468 mil da emenda parlamentar do deputado federal Emidinho Madeira para asfaltar 47 ruas da cidade de Passos. Devido à “eficiência” da administração pública passense, quase dois anos depois a verba só deu para 28 ruas. Agora, por causa dos aditivos, o custo já subiu para R$ 7 milhões e 804 mil.
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Ele relatou ainda que nem mesmo o Ministério Público Estadual (órgão tido na Câmara como uma espécie de órgão auxiliar da administração municipal) conseguiu ajudar no processo contra a empresa e agora está levando o problema para o Ministério Público Federal para tentar ajudar a cidade de Passos.