Pleito eleitoral de 2020 teve mais de R$ 13 mil nas redes sociais em Passos

Campanha eleitoral em Passos ainda não teve investimentos declarados nas big tehcs neste ano

Pleito eleitoral de 2020 teve mais de R$ 13 mil nas redes sociais em Passos
Desde 2016 os investimentos em redes sociais nas campanhas estão aumentando (Reprodução)

A prestação de contas dos candidatos ao pleito eleitoral deste ano deverá confirmar que as campanhas vão direcionar mais recursos para as plataformas digitais na propaganda eleitoral. Esses investimentos ainda não aparecem nos relatórios dos candidatos de Passos, mas é questão de tempo, pois no pleito de 2020 os investimentos dos candidatos somaram mais de R$ 13 mil nas redes sociais, especialmente no Facebook.

Naquele pleito os maiores investimentos foram feitos pelo candidato Rodrigo Maia, que contratou R$ 5 mil da rede social; Diego Oliveira contratou R$ 3.100,00;  Alexandre Maia R$ 3 mil e Juarez Moreira contratou R$ 2.600. Os outros candidatos – Aquiles Grintaci, Capitão Virgílio e André Patti não fizeram investimentos nas redes sociais.

Segundo o TSE, dos três candidatos à Prefeitura de Passos, o único que registrou despesas até agora foi Diego Oliveira, que já desembolsou pouco mais de R$ 19 mil – a maioria para profissionais liberais e colaboradores.

Mas se repetirem a mesma participação no faturamento total das campanhas do pleito de 2022 – em torno de 5,4% nos gastos totais com fornecedores – ao final desta campanha para as prefeituras municipais, Facebook, Google, além das plataformas de pagamento Adyen e Dlocal Brasil, poderão faturar juntos algo em torno de R$ 269,9 milhões – considerando que gastos com fornecedores alcancem os R$ 4,9 bilhões distribuídos a partidos pelo fundo eleitoral.

 

RANKING DE INVESTIMENTOS

Até este momento, segundo dados de prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no conjunto dos municípios brasileiros, as quatro empresas seguem na liderança de faturamento dos fornecedores: receberam juntas quase R$ 13 milhões, 5,5% do volume total de R$ 235 milhões gastos, até aqui declarado por partidos e candidatos com fornecedores.

Na campanha presidencial de 2018 a centralidade das comunicações migrou da televisão para um ecossistema digital, em tempo real, formatado pelas redes sociais, caracterizada pela participação e interação com a audiência e pela pouca transparência em relação à dinâmica dos algoritmos na distribuição e disseminação das informações (e desinformações). Aquele pleito representou um ponto de inflexão no formato dos investimentos das campanhas eleitorais.

Se até 2016, a produção de conteúdo em vídeos e material de campanha alçava as primeiras posições nos rankings de gastos com fornecedores, dois anos depois, duas big techs – Facebook e Google – subiram ao podium em liderança de faturamento, e de lá não mais saíram.

Nas eleições municipais de 2016, os investimentos das campanhas com o impulsionamento de conteúdo e buscas foi irrelevante e praticamente inexistente:  R$ 1.215,00 na bolada de R$ 2,28 bilhões de contratações informadas pelas campanhas.

Já em 2018, os gastos das campanhas com Facebook (hoje Meta), Google, Adyen – fintech responsável pelo sistema de pagamentos do Facebook, somaram R$ 70,22 milhões. Nas eleições municipais de 2020, o investimento aos mesmos fornecedores saltou para R$ 103,55 milhões; já em 2022 bateu o recorde: R$ 356,8 milhões.