Piso de enfermeiros e técnicos pode causar polêmica em Passos

Projeto apresentado à Câmara não vincula vencimentos ao novo piso salarial da categoria

Piso de enfermeiros e técnicos pode causar polêmica em Passos
Representantes dos servidores da área de saúde já participaram de reunião fechada com os vereadores (Divulgação)

Prefeitura e Câmara de Passos começaram a debater nesta semana a instituição do piso salarial dos enfermeiros e técnicos que prestam seus serviços à administração municipal. E, pelo que se pode prever, haverá muito envolvimento da categoria nesse debate. É que o projeto, ao invés de instituir um piso salarial, como já aprovaram algumas Câmaras da região, regulamenta a assistência financeira complementar repassada pela União. Entre os artigos do projeto, fica estabelecido como é formatado o piso salarial, a não responsabilidade do município do pagamento do piso caso os recursos federais sejam cessados e que ele não implica em alteração ou aumento dos vencimentos. Em resumo, no entendimento dos representantes da categoria, o projeto enviado ao legislativo não fixa um valor para os servidores, mas estipula-se uma espécie de gratificação complementar.

 

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A mobilização dos servidores já ficou evidenciada na reunião da última segunda-feira, num encontro realizado após a reunião ordinária. A categoria vai pressionar os administradores e legisladores – o Sindicato dos Empregados da Prefeitura de Passos (Sempre) não estava presente ao encontro e não enviou representantes. Mobilizados como estiveram desde o ano passado, por muito pouco os enfermeiros vão se fazer presentes nas próximas sessões da Câmara. E em ano pré-eleitoral, vereador algum vai querer enfrentar os servidores da saúde: seria suicídio político na certa!

 

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Outro assunto, menos indigesto, mas não menos polêmico que deve dominar os debates nas próximas semanas é a reivindicação da comunidade escolar da Escola Municipal Francina de Andrade para a implantação na unidade do 6º ao 9º ano de ensino. A proposta foi apresentada na sessão desta semana da Câmara pelos vereadores Michael Silveira e Alex Bueno.

 

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Mas essa ampliação não tem apoio do líder do prefeito na Casa, Maurício Silva. Ele acha, e tem razão nisso, que os investimentos na educação municipal deveriam ser direcionados para o ensino básico. É que existem centenas de famílias em Passos que precisam de creches para deixar seus filhos e não há vagas. Enquanto isso, é de responsabilidade do Governo do Estado a criação de vagas na rede estadual para os outros graus de ensino.

 

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Maurício Silva sugeriu a criação de mais uma Cemei para atender a demanda pela educação básica da cidade –  usando salas que serão desocupadas no Educandário e no antigo prédio da Entep com o retorno do prédio da Francina de Andrade para seu prédio. A propósito, o vereador Alex Bueno anunciou que está agendado para o dia 19 de dezembro a reinauguração da Francina de Andrade.