Pesquisa mostra os nomes mais citados para o cargo de deputado estadual

Da região, Arantes está em 33º lugar nas citações; Emidinho Madeira em 44º  e Cássio Soares em 71º

Pesquisa mostra os nomes mais citados para o cargo de deputado estadual
Diversos nomes aparecem na pesquisa espontânea para uma das 77 vagas na Assembleia Legislativa, entre eles Lula e Ciro Gomes (Reprodução)

A última pesquisa DataTempo, realizada entre os dias 15 e 20 de julho e divulgada neste final de semana, questionou eleitores de Minas Gerais em quem eles vão votar para o cargo de deputado estadual nas próximas eleições. A maior parte, 73,1%, não respondeu ou não souberam dizer em que votarão.

Ao mesmo tempo, diversos nomes de pré-candidatos e candidatos foram mencionados na pesquisa espontânea para uma das 77 vagas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Assim como na eleição para deputado federal, a maioria dos mineiros ainda não definiu em quem votar para deputado estadual nas próximas eleições. De acordo com a última pesquisa DataTempo, 73,1% dos entrevistados não responderam ou não souberam dizer quais candidatos vão escolher para uma vaga na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

A pesquisa mediu a intenção de votos espontânea para deputado estadual. Ou seja, não foi apresentada uma lista com os candidatos ao cargo. Os eleitores tiveram que usar a própria memória para responder à questão. Devido a essa característica, a pesquisa espontânea é útil para medir a consolidação dos votos.

Os candidatos mais citados foram Beatriz Cerqueira (PT) e Fábio Avelar (Avante), com 0,5%. Ambos já têm mandato como deputado estadual e concorrerão à reeleição. Professora por formação, Beatriz tem como principal bandeira ações na área da educação — ela é presidente da comissão sobre o tema na ALMG. Já Avelar tem como bases eleitorais o município de Nova Serrana, no Centro-Oeste de Minas, onde já foi vice-prefeito, e a cidade de Bom Despacho, na região Central Mineira.

Os dois são seguidos pelo também deputado estadual Raul Belém (Cidadania), lembrado por 0,4% dos entrevistados. Até fevereiro, ele era o líder do bloco que atuava como base do governo de Romeu Zema (Novo) na ALMG. A principal base eleitoral dele é no Triângulo Mineiro, onde já foi prefeito de Araguari.

Outros nove nomes tiveram 0,2% das menções cada: Antônio Divino (PP), Cleitinho Azevedo (PSC), João Magalhães (MDB), Lucas Lasmar (Rede), Mário Henrique Caixa (PV), Tadeuzinho (MDB), Noraldino Júnior (PSC), Roberto Andrade (Patriota) e Sargento Rodrigues (PL).

Os demais candidatos citados registraram 0,1% ou menos das respostas. Somados, eles representam 10,6% das menções. Por fim, 13,1% dos eleitores disseram que votarão em branco, nulo ou em ninguém.

 

CONFIRA O RANKING DOS 77 NOMES MAIS CITADOS PARA DEPUTADO ESTADUAL:

1 Beatriz Cerqueira (PT)

2 Fábio Avelar (Avante)

3 Raul Belém (Cidadania)

4 Antonio Divino (PP)

5 Cleitinho (PSC)

6 João Magalhaes (MDB)

7 Lucas Lasmar (Rede)

8 Mário Henrique Caixa (PV)

9 Tadeuzinho (MDB)

10 Noraldino (PSC)

11 Roberto Andrade (Patriota)

12 Sargento Rodrigues (PL)

13 Alencar da Silveira Junior (PDT)

14 André Janones (Avante)

15 Arlen Santiago (Avante)

16 Celinho Sintrocel (PCdoB)

17 Danilo

18 Dr Milton

19 Dr. Eli (PV)

20 Elismar Prado (PROS)

21 Emanuel Robson (DC)

22 Enes Cândido (PMN)

23 Gil Pereira (PSD)

24 Leonídio Bouças (PSDB)

25 Lula (PT)

26 Mauro Tramonte (Republicanos)

27 PT

28 Túlio Cária (Rede)

29 Adriano Alvarenga (Cidadania)

30 Amanda Teixeira Dias (PL)

31 Ana Paula Siqueira (Rede)

32 André Quintão (PT)

33 Antonio Carlos Arante (PL)

34 Arnaldo Silva (União Brasil)

35 Bernardo Mucida (PSB)

36 Bosco (Cidadania)

37 Carlos Lindomar

38 Ciro Gomes (PDT)

39 Dalmo (PSDB)

40 Danilo Castro (PSDB)

41 Danilo Taiobeiras (União Brasil)

42 Delegada Sheila (PL)

43 Dr. Paulo (Patriota)

44 Emidinho Madeira (PL)

45 Ermírio Nascimento

46 Gustavo Mitre (psb)

47 Leninha (PT)

48 Marli Ribeiro (PSC)

49 Neilando Pimenta  (PSB)

50 Nikolas Ferreira (PL)

51 Paulo Guedes (PT)

52 Reginaldo Lopes (PT)

53 Rodrigo

54 Ulisses

55 Wellington Prado (PROS)

56 Zé Reis (Solidariedade)

57 Abraão

58 Adriano Martins (PSC)

59 Alexandre Banana (PT)

60 Almir Silva (União Brasil)

61 André

62 Andreia de Jesus (PT)

63 Antônio Lerin (PSB)

64 Arnaldo

65 Arquimedes Borges (PTB)

66 Betinho Coelho (PV)

67 Bispo Gilberto (Republicanos)

68 Braulio Braz (PTB)

69 Carlos Eduardo

70 Carlos Moura (PSB)

71 Cassio Soares (PSD)

72 Celso Cota (MDB)

73 Christian

74 Claudinho Presidente da Câmara (PSD)

75 Comandante Marinho (Patriota)

76 Coronel Henrique (PL)

77 Coronel Leal (PRTB)

 

ELEIÇÃO PARA A ASSEMBLEIA ESTÁ EM ABERTO

Segundo a analista Datatempo, Bruna Assis, a pesquisa espontânea mostra que a eleição para a ALMG está em aberto. “Considerando a margem de erro da pesquisa de 2,19 pontos percentuais, todos os nomes citados na pesquisa para deputado estadual estão tecnicamente empatados”, explica ela.

“Além disso, os percentuais de menções dos primeiros colocados são muito pequenos, não ultrapassando 1% de menções. Esses percentuais são pouco significativos dentro do contexto do Estado, sendo que a afirmação mais correta é a de que a disputa está indefinida”, acrescentou.

Ao contrário das eleições para presidente, governador e senador, onde cada partido pode apresentar apenas um candidato, nas eleições para a Assembleia Legislativa cada legenda pode apresentar até 78 candidaturas.

A indefinição dos eleitores sobre o voto para deputado estadual (73,1%) é similar a de deputado federal (70,8%) e a de senador (79,8%). O índice daqueles que não responderam ou que não sabem dizer em quem votarão cai para os cargos de governador (53,1%) e presidente (22,3%).

Bruna Assis explica que a diferença ocorre pois o eleitorado tem pouca compreensão do que faz uma pessoa eleita para o Legislativo — como deputado federal, estadual e senador — em comparação ao Executivo, que são os governos estaduais e a Presidência da República.

Assim, os eleitores se mobilizam menos para as eleições legislativas. Como consequência, há uma maior indefinição do voto, principalmente neste momento em que a campanha ainda não começou oficialmente.

“Por menor que seja o interesse do eleitor por política há uma compreensão, ainda que básica, do papel dos chefes do Executivo. Isso porque são eles os responsáveis por executar as leis e administrar os interesses públicos em uma realidade mais próxima e mais perceptível para a população. Os cargos legislativos, por outro lado, são pouco compreendidos e as ações dessas funções são menos percebidas no público geral, ainda que sejam as responsáveis por viabilizar as ações do Executivo”, afirma a especialista. Para definir quem serão os parlamentares eleitos, a eleição para deputado estadual segue uma fórmula diferente da eleição para presidente, governador e senador. Nestes, o vencedor é quem conseguir a maior votação. Por isso, este tipo de eleição é chamado de majoritária.

Já a eleição para deputado estadual é proporcional. Isso significa que nem sempre os candidatos mais votados são eleitos.

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais é formada por 77 deputados estaduais. Para definir quem são os candidatos eleitos, primeiro se divide o número total de votos válidos nas eleições pelo número de cadeiras. O resultado é o quociente eleitoral, que é o número de votos necessários por partido para se eleger um parlamentar.

Em seguida, são somados os votos de todos os candidatos de um determinado partido. Como exemplo, suponha-se que os candidatos do partido A tiveram, somados, 400 mil votos. Se o quociente eleitoral for 100 mil votos, o partido A terá direito a quatro cadeiras na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que serão preenchidas pelos quatros candidatos mais votados da sigla.

Um candidato de outra legenda pode ter tido mais votos do que um dos quatro eleitos pelo partido A, mas mesmo assim não conseguir se eleger porque o seu partido não alcançou o quociente eleitoral.

A pesquisa DataTempo foi realizada pelo instituto com recursos próprios. Os dados foram coletados entre 15 de julho a 20 de julho de 2022. Foram realizadas 2.000 entrevistas domiciliares. A margem de erro é de 2,19 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada sob os protocolos TSE nº BR-08880/2022 e TRE nº MG-08733/2022.