PC anuncia que vai investigar ‘cracolândia’ no bairro Belo Horizonte

Polícia Civil abriu inquérito civil para apurar e investigar as denúncias de venda de drogas no bairro

PC anuncia que vai investigar ‘cracolândia’ no bairro Belo Horizonte
Os flagrantes da comercialização de drogas, que chegou a ser denunciada há meses na Câmara Municipal e nenhuma providência foi tomada, estão agora circulando pelas redes sociais (Reprodução Internet)

Uma suposta “cracolândia” no bairro Belo Horizonte e adjacências pode estar com os seus dias contados. A Polícia Civil de Minas Gerais, através da Delegacia Regional de Passos, tomou conhecimento dos fatos e anunciou ontem, através de uma nota, que instaurou um inquérito civil para a apuração e investigações das denúncias.

A venda indiscriminada de drogas pelas ruas do bairro, próximo ao campus principal da Uemg (Universidade do Estado de Minas Gerais) e da sede do 12º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais, acontece especialmente à noite. A “cracolândia” já chegou a ser denunciada por vereadores na Câmara de Passos, mas nenhuma providência havia sido tomada até agora.

Nas imediações do bairro há intenso fluxo de usuários de drogas e pessoas em situação de rua. Moradores das proximidades se sentem ameaçados. Um deles, que não quis se identificar por questões de segurança, procurou alguns grupos em redes sociais para compartilhar tudo o que os moradores do bairro enfrentam diariamente. “É um tapa na cara da sociedade e das autoridades”, diz em um trecho do desabafo. Ele já pensa em alugar uma casa em outro bairro para se ver livre do problema, junto com a família..

Em 2012, para tentar conter a violência em Passos, a Polícia Militar chegou a montar uma unidade de Polícia Pacificadora nas imediações, o  Grupo Especial de Prevenção em Áreas de Risco (Gepar), onde existe alto índice de criminalidade. Um ano antes, só no Novo Horizonte haviam sido registrados três homicídios.

A venda de drogas de todo tipo – crack, maconha, cocaína e outras – é muitas vezes feita na luz no dia. Mas é à noite que o comércio ilegal impera. Circulam nas redes sociais dos  moradores - que não querem se identificar - fotos de uma pessoa vendendo drogas a dois outros, aparentemente menores de idade, às 2h30.