Paróquia de Passos programa missas na capela de Santos Reis
Católicos comemoram nesta segunda-feira o Dia dos Três Reis Magos
Os devotos católicos dos Três Reis Magos ou Santos Reis em Passos e região terão duas oportunidades de participar nesta segunda-feira, dia 6, às 6h e 18h30, de missas especiais em ação de graças. A Paróquia Nossa Senhora Aparecida, responsável administrativamente pela capela, localizada na Rua Rio Doce, esquina com a Rua Guanabara, também dedicada à Santa Luzia, vai permitir que qualquer pessoa possa orar e oferecer graças no período entre as duas celebrações eucarísticas.
Na Diocese de Guaxupé há apenas uma paróquia consagrada com o nome Reis Magos, conjuntamente com a Sagrada Família, cuja igreja matriz se localiza na própria cidade. Em Passos, a capela é bastante tradicional desde quando o Bairro Santa Luzia começou a ser povoado, há mais de 40 anos. Não há nenhuma programação divulgada pela paróquia com participação das tradicionais Folias de Reis.
BREVE HISTÓRIA
Fruto de uma promessa, a capela foi erguida pelo devoto Francisco Chagas Mestre, no início da década de 1980, pouco antes da fundação da paróquia. Segundo informações colhidas com sua família para a produção de um informativo em 2009, a pedido do então pároco Dirceu Soares e elaborado pelo jornalista e professor José Reis Santos, o fiel prometeu construir uma capela em homenagem a Santos Reis e Santa Luzia como cumprimento de uma promessa por uma graça alcançada.
Em 1982, ele começou a obra num terreno doado por uma senhora que tinha bastantes imóveis no bairro Recanto da Harmonia, só sei que se chamava dona Belinha. Com a ajuda da comunidade, meu pai acabou comprando outros terrenos, onde a capela começou a ser erguida. Um dos filhos do devoto, Francisco de Assis Chagas, contou que o lançamento da pedra fundamental ocorreu após uma procissão entre a Paróquia Nossa Senhora Aparecida e a área onde foi erguida a capela.
Ainda conforme os relatos dos filhos, em 1983, Francisco Chagas faleceu. Porém, seus pais, o pedreiro Expedito Mestre e dona Ana Erotilde Mestre, assumiram a promessa do filho único. Lutaram durante dez anos, com todas as dificuldades, para construir a capela. Os dois saíam com uma Companhia de Folia de Reis angariando recursos para a obra. Expedito e Ana relataram que quando as companhias iam para o Estado de São Paulo, as esmolas eram mais vultosas.
As obras, no início, foram feitas em regime de mutirão. Por fim, apenas Expedito e Ana, pedreiro e servente, respectivamente, trabalhavam na construção da capela. Quando foi iniciada a construção, padre passense, Luiz Gonzaga Lemos, hoje emérito e capelão do Carmelo São José, na época, o responsável pela comunidade, pediu autorização do bispo Dom José Alberto para que os idealizadores da capela montassem um sistema de carnês para levantar recursos.
Os filhos e amigos do idealizador da capela contam que chegavam doações de todos os lados. Por fim, quando a obra ficou pronta, o pároco era Marcelo Prado, já falecido. Tudo isso está registrado no boletim de 2009