ONS diz que trabalhará em parceria com Pró-Furnas 762
Resposta de ofício enviado pelo grupo dá conta de todos os passos que serão tomados para a nova gestão de geração de energia
O Pró-Furnas 762, movimento da Sociedade civil organizada com 227 pessoas, iniciado em 2019 com o objetivo de lutar para a manutenção das cotas mínimas, 762 para o Lago de Furnas e 663 para Peixoto, recebeu um aceno positivo do governo. O movimento receber do diretor geral da ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Luiz Carlos Ciocchi,e do Ministério das Minas e Energia, sinais positivos. Eles foram informados sobre os passos que estão sendo tomados para uma nova gestão de geração de energia que contemplam a preservação de reservatórios e investimentos em outras fontes geradoras de energia. “A união de forças desaguou nesse resultado. A luta é justa”, disse Olívia Araújo, uma das integrantes do Pró-Furnas 762.
“Em atendimento ao Ofício em referência, V.Sas solicitam ao Operador que sejam agilizados estudos transversais de planejamento em conjunto: o Setor Elétrico e o Setor de Recursos Hídricos para maior previsibilidade operacional, segurança jurídica e consistência de política pública de longo prazo referente aos reservatórios da Usina Hidrelétrica (UHE) Furnas e UHE Mascarenhas de Moraes (antiga UHE Peixoto)”, diz um trecho do documento.
“É de extrema importância ratificar que a UHE Furnas é uma das usinas de maior relevância no SIN e sua capacidade de armazenamento representa cerca de 17,2% de toda a energia armazenada máxima do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, com cerca de 1.300 MW de potência instalada”, diz Ciocchi.
O governo publicou uma lei, em 12 de julho de 2021, para que o Poder Público Federal elaborasse, até julho de 2022, plano para viabilizar a recuperação dos reservatórios do País ao longo de até 10 anos. Dada a relevância do tema, foi definida uma governança robusta para conduzir o tema, sendo criado o Grupo de Trabalho para elaboração do Plano de Recuperação de Reservatórios, no âmbito do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), na forma da Resolução nº 2/2022, composto por representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e da ONS. Apoiam o desenvolvimento dos trabalhos a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).