Onde é que estamos errando?
Coisas & loisas do cotidiano passense
Quando o município de Passos começou a se preparar para o enfrentamento à pandemia do covid 19, em março do ano passado, entidades representativas da sociedade civil e dos poderes públicos se reuniram no auditório da Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande - Ameg, e decidiram, em conjunto, as medidas adotadas no município. Foram relevantes as opiniões das autoridades sanitárias, do judiciário, do executivo, de segurança, dos representantes dos setores produtivos e da educação. As medidas eram anunciadas depois de um consenso e atravessamos os meses seguintes com índices de infestação do covid de fazer inveja ao restante do Estado, sem contestações. Mas ao longo do tempo esse “comitê” acabou se dispersando e não havia mais unanimidade nas decisões – muito pelo contrário.
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E chegou janeiro de 2021. E, com ele, a nova administração municipal que, ao invés de reunir novamente as autoridades para medidas consensuais, inicialmente delegou ao vice-prefeito Arlindo Nascimento o papel de xerife da saúde – era o Pazzuelo municipal. Não deu certo. E o prefeito Diego Oliveira, então, chamou para si a responsabilidade das decisões. Piorou ainda mais – numa das primeiras trapalhadas, chegou antecipar a lei seca, o que promoveu uma corrida com filas intensas atrás das bebidas, mas acabou mudando de ideia e a desmoralização foi geral. Foi em Paraíso buscar o modelo do Centro Covid, mas ficou só na promessa. Daí em diante as trapalhadas se intensificaram.
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A última delas ocorreu na semana passada, quando o prefeito assumindo o papel que o tem caracterizado, o de prefeituber, fez uma live anunciando seu novo decreto – quase indispensável e irretocável na concepção, mas que pecou pela execução, principalmente por determinar na véspera o fechamento dos supermercados nas tardes de sábado e no domingo. O efeito colateral foi imediato, com filas e correria... Se fosse para determinar uma aglomeração não conseguiria resultado tão positivo. E comprou briga até com o setor hoteleiro ao interditar um estabelecimento que vendeu seu produto (ocupação) com antecedência e que não poderia colocar os hóspedes na rua de um dia para o outro.
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O que algumas autoridades sanitárias comentam é que, na forma, essas decisões repetidas vezes incorrem no erro da improvisação e acabam elas mesmo provocando exatamente o que deveriam evitar. Medidas drásticas e preventivas precisam ser anunciadas com antecedência – ou com o prazo de implementação ampliado – e por lideranças que têm autoridade para bancá-las.
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Custava determinar o novo horário de atendimento a partir de segunda-feira?