No “Ranking dos Politícos”, Pacheco é considerado bom, Emidinho e Aelton medianos
Análise do Ranking dos Políticos informa que 90% dos deputados federais de primeiro mandato tiveram bom desempenho
Cerca de 90%, equivalente a 71 do total de 79, dos deputados federais que nunca exerceram outros cargos em legislaturas passadas tiveram um bom desempenho na Câmara dos Deputados. Da porcentagem, 53 novatos estão entre os 100 melhores parlamentares monitorados pelo Ranking dos Políticos, plataforma que classifica os melhores e piores parlamentares de acordo com as três bandeiras estabelecidas: combate aos privilégios, desperdício e corrupção no poder público. Ou seja, monitora-se as presenças nas sessões, economia de verbas, processos judiciais, votações nas decisões mais importantes da casa legislativa, propostas de autorias e relatorias relevantes.
Dos políticos com votação expressiva na região com representação no Congresso Nacional, no Ranking aparecem Rodrigo Pacheco, em 13º lugar entre os mineiros e 149º do Congresso; Emidinho Madeira, em 25º no estado e 285º no país; Aelton Freitas, em 33º da bancada mineira e 352º no Congresso; Aécio Neves, em 38º em Minas e 371º no país; Patrus Ananias, em 50º e 519º ; e Odair Cunha em 52º lugar no ranking estadual e 532 no federal. O primeiro colocado no ranking dos políticos mineiros é o deputado Tiago Mitraud e o primeiro do Congresso é o senador Eduardo Girão (veja o ranking estadual com as notas de cada parlamentar no quadro abaixo)
Em seu site, o Ranking dos Políticos afirma que atua de forma imparcial, sem qualquer ligação com partidos ou grupo de interesse e nem classifica por ideologias. Tanto que os 90% são de 17 partidos de todas as tendencias políticas. O intuito da plataforma é ajudar os eleitores no processo de escolha do senador e do deputado federal, informando se suas atuações, nos últimos quatros anos, foram conforme as bandeiras defendidas pela população em geral. No ranqueamento feito, os parlamentares com notas de 0 a 4.9 são considerados ruins, de 5 a 6.5 medianos, 6.5 a 8 bons e 8 a 10 ótimos. Especificando, a maioria dos novatos possuem a pontuação acima da média em comparação aos parlamentares que tiveram mais mandatos no Congresso. No caso da economia de verbas: os novatos têm a nota de 8,46, contra o índice de 6,96 dos mais experientes na Câmara e no Senado. Já na quantidade de presença, eles pontuam em 9,83, enquanto que a média é de 9,74 pontos. No critério de votação das propostas apresentadas, os novatos pontuam em 7,79. Superior que a dos parlamentares que já tiveram mandato: 5,84 pontos. Na ocasião, a pontuação final – resultado do cálculo sobre os itens específicos - dada pelo Ranking, aos novatos, é de 6,8 pontos para 6,2 dos mais experientes.
De acordo com o diretor-geral do Ranking dos Políticos, Gláucio Dias, os dados objetivos das análises feitas pela plataforma em cima da renovação da Câmara dos Deputados, mostram que no balanço final da legislatura e a renovação foi positiva para o desenvolvimento Brasil. "Os novatos, mesmo com pouca experiência, têm muita força de vontade e criaram um bom clima, estimulando a casa a trabalhar mais e melhor", afirma, lembrando que pautas que estavam engavetadas há muitos anos, andaram, tais como a Reforma da Previdência, Marco das Ferrovias e o Marco Legal do Saneamento. "A energia dos novatos, a boa-fé e o espírito de renovação, somado com a experiência dos excelentes deputados mais antigos, resultou em uma das melhores legislaturas dos últimos 20 anos”, avalia.
Todos os novatos representam os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Amazonas, Goiás, Bahia, Rondônia, Acre, Alagoas, Ceará, Pernambuco, Roraima, Rio Grande do Sul e Tocantins. Os seus partidos são: Avante, Cidadania, MDB, Novo, PDL, PL, Podemos, PP, Pros, PSB, PSC, PSDB, Psol, PTB, Rede, Republicanos, União. Veja os cinco melhores e os cinco piores listados pelo Ranking:
ELEIÇÃO 2022
De acordo com Agência Câmara de Notícias, nas eleições de 2018, a renovação de parlamentares foi de 47,3% (243 novos deputados), a maior desde 1986 quando ocorreu a eleição da Assembleia Constituinte. Na ocasião, é interessante destacar que desde o pleito de 1994, o percentual de renovação ficou abaixo de 40%, conforme os dados da Secretária Geral da Mesa do Poder Legislativo. A média de 1994 até 2014 foi de 37%. Três eleições tiveram o menor índice de renovação: 1994, 1998 e 2002. Até então, o pleito com maior número de novos rostos havia sido a de 1990, com 46% de renovação.
Para esta eleição, ainda não sabe ao certo se haverá uma grande renovação ou se todos os novatos irão tentar mais um mandato. Até porque as convenções partidárias ainda estão ocorrendo, com o prazo final para o dia 15 deste mês. E é provável que alguns almejarão outros cargos como a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania/DF) que almeja ser vice governadora na chapa do senador José Antônio Reguffe do União Brasil que disputará o governo do estado. De acordo com informações apuradas pelo Ranking dos Políticos, a parlamentar está enfrentando o senador Izalci Lucas (PSDB/DF) em uma disputa interna que une de forma federativa os dois partidos para escolha do nome que irá compor na chapa. Enquanto que nesse meio tempo, o restante dos novatos, listados pela plataforma, confirmou a renovação do mandato.
Dos cinco piores, apenas David Miranda (PSOL/RS) e Fernanda Melchionna (Psol/RS) confirmaram nas suas redes sociais que irão disputar a reeleição do mandato. A deputada federal Áurea Carolina do Psol de Minas Gerais, em abril deste ano, comunicou que não irá concorrer à reeleição em outubro. Até o momento, não houve nenhuma atualização sobre a decisão. Os outros ainda não informaram se vão disputar a renovação.
Veja o ranking dos políticos da bancada estadual:
Fonte: Ranking dos Políticos