Motociclista sofre queda depois de atingido por fio de fibra ótica
Fio pendurado sobre a rotatória se enrolou no pescoço do motociclista
Um motociclista e sua acompanhante na garupa sofreram um grave acidente na semana passada na rotatória da avenida Breno Maia com a Rua dos Funcionários, no bairro Belo Horizonte, em Passos, quando um fio de telefonia enrolou em seu pescoço e o derrubou. Por muito pouco ele não foi enforcado pela fiação pendurada no meio da vida, sendo socorrido por populares e atendido pelo Corpo de Bombeiros.
Alguns populares e motoristas que passavam pelo local tiveram que interromper o trânsito e recolher a fiação solta. De forma improvisada, eles amarraram os fios num poste do local.
Além do prejuízo que essa onda de furtos de fios vem provocando na cidade, deixando a população de vários bairros sem telefonia fixa e serviços de internet via cabo de fibra ótica, agora os cabos soltos representam riscos de vida principalmente para os motociclistas e pedestres.
“Passos enfrenta uma onda crescente de furtos de cabos e fios de eletricidade, telefonia e internet. Ninguém toma uma atitude para resolver o problema. Temos que lidar com essa situação enquanto esperamos por uma solução. A fiação fica exposta, gerando riscos para os cidadãos passenses. Uma situação recente quase tirou a vida de um motociclista que passava pela Avenida Doutor Breno Soares Maia”, disse o morador das imediações que presenciou a cena.
“A fiação estava no meio da via pública e atingiu o motociclista. Por sorte nada grave aconteceu. Depois do ocorrido, amarramos os fios no poste, mas não dá pra continuar assim. Quem pode dar um jeito no problema? Para quem reclamar? O que podem fazer para resolver isso? Alguém vai tomar alguma providência?”, questionou.
CEMIG ESCLARECE
Consultada sobre o problema, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), explicou que o compartilhamento de postes de distribuição de energia elétrica com as empresas de telecomunicações se dá em cumprimento às resoluções conjuntas das agências reguladoras de ambos os setores: Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Tais resoluções definem que a responsabilidade pela operação e manutenção da rede de telecomunicações é das respectivas empresas de telecomunicações. Assim, essas empresas são obrigadas, pela regulação do setor e contrato com a Cemig, a realizarem a manutenção dos cabos de telecom e retirarem os eventuais cabos caídos.
A companhia reforçou ainda que quando identifica uso irregular dos postes, recebe a denúncia ou aborda a empresa de telecomunicações que lançou cabos nos postes sem a autorização, e interrompe o serviço e penaliza a empresa conforme o contrato.
Conforme ainda a Cemig, ainda tem instruído as empresas que compartilham os postes para que busquem uma melhor gestão de seus próprios ativos, cuja manutenção é de inteira responsabilidade delas, de modo a trazer mais segurança à população, às redes de telecomunicações e primordialmente à rede de distribuição de energia elétrica.
Além da notificação e atuação junto as empresas de telecom, a Cemig também informou que está em andamento um projeto de levantamento georreferenciado de toda a rede de telecom nos postes da empresa, em toda a área de concessão da Cemig. Este projeto tem a duração de dois anos para levantamento de todos os dados e informações no estado.
Por fim, a Cemig pediu a população para que não toque em cabos caídos ao solo, mesmo sendo de empresas de telecomunicações, pois esses cabos por algum motivo, podem estar energizados e causar choque elétrico. Nesses casos, é importante acionar a empresa de telecomunicação responsável pelo cabo para regularização. Caso não seja possível identificar a empresa responsável, o acionamento pode ser feito à Cemig através do telefone 116, fornecendo os dados sobre a localização e situação do cabo que estiver proporcionando risco.