Lixo fashion

Bloco de Moda

Lixo fashion
Modelo de Stella MacCartney, símbolo de moda sustetável (Reprodução web)

A chegada da moda da moda rápida (fast fashion), ou seja, para ser usada e descartada rapidamente, vem gerando uma quantidade fenomenal de lixo fashion. O descarte de roupas nos lixões tem se tornado um problema ambiental significativo.

Segundo dados globais, cerca de 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis são gerados anualmente, e apenas 12% são reciclados em novos materiais ou produtos. O restante acaba em aterros sanitários ou é incinerado, agravando os impactos ambientais. Estima-se que a moda rápida contribua diretamente para esse aumento, com roupas sendo descartadas após poucos usos devido à baixa qualidade ou mudanças rápidas nas tendências.

Nos lixões, as fibras sintéticas, como poliéster, demoram até 200 anos para se decompor, liberando microplásticos nos solos e cursos d’água. Já fibras naturais, como algodão, podem emitir gases de efeito estufa, como metano, durante sua decomposição. O impacto inclui ainda a contaminação de lençóis freáticos por corantes e produtos químicos utilizados na produção têxtil.

A reciclagem limitada ocorre por barreiras tecnológicas, custos elevados e falta de infraestrutura adequada. Consequentemente, o descarte excessivo contribui para o desperdício de recursos naturais, como água e energia, usados na produção de tecidos. Esse cenário reforça a urgência de promover práticas de moda circular, prolongando o ciclo de vida das roupas por meio de reutilização, doações e desenvolvimento de tecnologias de reciclagem mais eficazes.

Felizmente, alguma coisa em favor da reciclagem ou reaproveitamento de materiais tem sido feita. Principalmente por estilistas que criam e promovem uma moda sustentável - caso da inglesa Stella McCartney. Além dela, grifes do peso da MiuMiu criaram linhas sustentáveis - exemplos que começam a se multiplicar no universo da moda global.

Aos poucos, vamos indo.