Lago de Furnas tem queda no volume, mas segue com melhor índice em 14 anos

Represa, no entanto, não começava o 10º mês com atual volume

Lago de Furnas tem queda no volume, mas segue com melhor índice em 14 anos
De agosto até o início de outubro, volume caiu quase 16%. (Reprodução)

 O volume do Lago de Furnas caiu quase 16% de agosto até o início deste mês. Mesmo com a queda, a represa não começava outubro com o atual volume há 14 anos. O nível atual do lago é de 83% do volume útil.

 

Em novembro de 2022, o Lago de Furnas deixou uma sequência de cinco meses de queda no volume para começar uma elevação que chegou a quase 100% em abril deste ano.

 

O volume se manteve alto até julho deste ano. Em agosto, no entanto, a queda teve início. Do oitava mês no ano até o início de outubro, foram quase 16% de queda no volume.

 

O número não é alarmante e é menor, por exemplo, que o do mesmo período do ano passado. Além disso, é próximo da média de 14,65% da queda dos últimos 20 anos.

 

O atual volume é o melhor dos últimos 14 anos para outubro. Em 2021, o Lago chegou a 18% do volume. Em 2017 foi ainda pior, com cerca de 11º. Volume melhor que o atual só foi registrado em 2009

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“O Lago de Furnas é a caixa d’água do sistema hidrelétrico, da bacia do Rio Grande. Ele é considerado um reservatório, ou seja, tem capacidade de armazenar água para atender a demanda de outras seis usinas hidrelétricas que temos no Rio Grande. Por isso, ele é considerado um lago reservatório que atende e contribui para a geração em cascata. Gera energia aqui e a mesma água vai gerar energia nas demais hidrelétricas que temos”, disse o secretário executivo da Alago, Fausto Costa.

 

Sobre a queda no nível, o secretário destacou a demanda atendida pela hidrelétrica.

 

“O Lago de Furnas tem diminuído muito o seu nível nos últimos meses. Consequência do aumento da geração de energia da hidrelétrica de Furnas para atender a demanda da região sudeste. A energia que vinha das grandes hidrelétricas da região norte não está vindo. Lá está passando uma crise hídrica. Tanto que o comitê de monitoramento do setor energético autorizou nessa última quarta-feira o acionamento das usinas termo elétricas. Isso é muito importante, pois alivia a geração de energia da matriz hídrica. O que representa uma importante decisão para a região do Furnas”, falou.