Instituto lança projeto ‘Raízes de Passos’ lembrando Zé da Beca

O primeiro episódio do projeto ‘Raízes de Passos: preservando memórias e histórias’, foi lançado nesta terça-feira, dia 18, na rede social Instagram e Tik Tok pelo Instituto Motirõ de Passos (veja aqui). O primeiro personagem definido pelos seus idealizadores, Betânia da Silva Marques e Márcio Francisco de Carvalho, é José Barbosa de Andrade e Silva, o Zé da Beca.

A cada edição do projeto, são apresentadas cinco curiosidades sobre um personagem histórico de Passos. No clipe, que tem Márcio como narrador dos fatos mostra: a escultura do Cristo Quovadis na igreja da Matriz;  a criação da bandeira de Passos com os dizeres: ‘Por Passos, por Minas, pelo Brasil’, também em branco; o desenho do Brasão Municipal (vários elementos da cidade); o marco dos Pracinhas, em homenagem aos que lutaram na Segunda Guerra Mundial; Fonte Luminosa no mesmo logradouro, inaugurada em 1951 e apresenta características marcadas pelo estilo ‘art déco’, com predominância de formas geométricas, frisos horizontais e vitrais coloridos. A Fonte Luminosa também conta com espelho d’água em forma de rosácea. Foi tombada em 2007.

Zé da Beca nasceu em 1910. Foi também um grande chargista nas horas vagas quando estudava no Rio de Janeiro. Parte de suas obras estão em poder de sua família. Projetou a praça Geraldo da Silva Maia que foi tombada como patrimônio em 2011. Projetou o casarão ao lado da igreja Matriz. Foi casado com uma pianista famosa, na época, conhecida como dona Dedé. Teve uma exposição para comemorar os 100 anos de seu nascimento.

Objetivo do projeto

“Buscamos preservar a identidade comunitária e fomentar o senso de pertencimento da população. Também esperamos criar recursos educativos, promovendo um elo entre as novas gerações e a história do município de Passos. O projeto é uma iniciativa que busca investigar, preservar e divulgar a história da comunidade passense. É importante valorizar a identidade local, promover a educação histórica e aproximar as pessoas de suas raízes culturais e sociais”, ressaltou Márcio.

“O contexto do projeto, surgiu por acreditarmos que em plena era digital e de muitas informações, não há muitos documentos históricos, memórias e registros da história local da cidade de Passos. Vale ressaltar que o contexto de progresso econômico, vivenciado pela cidade, nas últimas décadas tem sido acompanhado do apagamento das raízes históricas do município de Passos e, junto disso, a própria memória se torna desconhecida pelas novas gerações”, lembrou Betânia.

BIOGRAFIAS

Betânia da Silva Marques - Sócia-fundadora do Instituto Motirõ. Graduada em Filosofia pela UFMG. Mestranda em Lógica e Filosofia da Linguagem pela USP. Pesquisadora na Universidade de São Paulo. Professora de Filosofia. Professora de Redação. Experiência na educação popular, tendo atuado nos cursos pré-vestibulares populares: Estude Vest (Belo Horizonte-MG), TransENEM (Belo Horizonte-MG) e Núcleo Dércio Andrade (Passos)

Márcio Francisco de Carvalho - Sócio-fundador do Instituto Motirõ. Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Graduado em História pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Graduado em Pedagogia pelo Centro Universitário Claretiano. Pós-graduado em Gestão Escolar e Práticas Pedagógicas Integradas pela Universidade Cândido Mendes (UCAM) Pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela faculdade Focus. Professor de História do Ensino Fundamental. Pós-graduando em Musicoterapia. Integrante da banda Canastrapé. Experiência como agente cultural atuando nas áreas de Educação Patrimonial, Músico e coordenador de projetos culturais.