Ídolo do Esportivo na década de 80 volta a Passos e lembra o Verdão

Timoura não abandonou a prática do futebol e mantém a forma física se divertindo com amigos em quadra de soçaite

Ídolo do Esportivo na década de 80 volta a Passos e lembra o Verdão
Atualmente servidor público em Goiânia, Timoura (aqui com a esposa Sueli) esteve recentemente em Passos para um evento social (Redes Sociais)

 

 

Um dos zagueiros que mais caiu nas graças da torcida do Clube Esportivo de Futebol (CEF), entre o final da década 80 e início dos anos 90, hoje reside em Goiânia, capital do estado de Goiás, e ainda não abandonou o futebol de vez. Mesmo com 66 anos de idade, ele entra em campo algumas vezes por semana e participa do tradicional rachão de futebol soçaite, somente para jogadores veteranos.

Cimar Luiz Silva, natural de Jataí (GO), o Timoura, juntamente com sua esposa Sueli, e a neta Valentina, estiveram há pouco mais de um mês em Passos para participar do casamento de Jéssica, filha da professora de educação física Polyana, e o ex-defensor do Esportivo, Euller, cujo relacionamento amoroso foi interrompido faz muito anos.

"Desde quando nos mudamos, em 1992, foi a primeira vez que voltei. Foi maravilhoso rever poucos amigos em razão de apenas três dias que permanecemos na cidade. Agradeço o Tadeu, e seu filho Felipe Terra, que me acolheram maravilhosamente. Ainda voltarei com mais tempo e matar a saudade de muitas pessoas amigas que ainda tenho em Passos", garantiu.

Depois que encerrou a carreira de jogador profissional, Timoura revelou que na época, dificilmente alguém conseguia sobreviver até o final da vida com o salário que ganhava. Por isso, voltou a estudar e surgiu a oportunidade de se inscrever no concurso da prefeitura, sendo aprovado. Hoje, consegue manter a família com os rendimentos mensais de servidor municipal trabalhando na área de iluminação pública da capital goiana.

De praticar futebol, Timoura nunca parou e nos últimos anos frequenta as sedes da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), Goiânia FC e Resenha FC. “Algumas vezes por semana, chego do trabalho, tomo o cafezinho reforçado e ao anoitecer vou praticar o futebol soçaite. Recentemente, um dos meus times foi campeão, e vibrei como se ainda  fosse jovem”, brincou

Timoura defendeu o Verdão passense, hoje um clube inativo, entre 1987 e 1992. Depois de assinar contrato na gestão do presidente na época, José Eustáquio do Nascimento, o Taquinho, trouxe a esposa Sueli Rodrigues Santos e aqui nasceram as duas filhas do casal. Uma delas, Mariana, é casada e mãe de Valentina. A outra, Simara, é solteira e cantora. De outro relacionamento amoroso anterior, Timoura tem ainda os filhos Adonay e Frederick.

Durante os mais de seis anos que defendeu as cores do Esportivo, Timoura foi titular absoluto com zagueiro central e se tornou ídolo da torcida por sua estatura alta e raça em campo. Não conquistou títulos relevantes, mas foi campeão do interior quando o time disputava o Campeonato Mineiro da divisão elite, e vice do Brasileirão da Série C.

"Foi emocionante e triste a final contra o União São João, em Araras (SP). Depois do empate sem gols em Passos, empatamos por 2 a 2 lá e comemoramos o título em campo. Não sei o motivo, viemos saber depois que a CBF declarou a equipe adversária campeã. Jamais esquecerei tudo isso na minha vida", disse em forma de volta ao passado

Timoura defendeu o Verdão passense entre 1987 e 1992 (Acervo Ézio Santos)