Identidade visual do novo Santuário de Santa Rita inspirada no projeto arquitetônico

“A criação da marca foi pensada para identificar, de imediato, a grande construção”

Identidade visual do novo Santuário de Santa Rita inspirada no projeto arquitetônico
A publicitária e designer gráfico cassiense Dôra Borges, autora da identidade visual do  Santuário (Divulgação)

Por trás de todo trabalho existem cabeças e mãos que deram o tom para que o resultado fosse alcançado. No novo Santuário de Santa Rita de Cássia, o maior do mundo dedicado à Santa, inaugurado em maio de 2022, em Cássia, não foi diferente. Diversas foram as mãos, diversas foram as cabeças pensantes e diversas foram as pessoas que fizeram tudo acontecer e que deram forma ao que hoje podemos chamar, como o próprio governador do Estado de Minas Gerais, Romeu Zema disse, o melhor presente que Minas Gerais poderia receber.

Em meio a sua concepção, o novo Santuário foi contemplado com sua identidade visual e esse trabalho foi elaborado pela publicitária e designer gráfico cassiense Dôra Borges. “Minha principal inspiração foi o próprio traçado arquitetônico do Santuário. O design teve o objetivo de criar uma identificação imediata da marca com a sua construção e, também, era necessário retratar Santa Rita e a rosa vermelha, tão presente na sua vida. Esses elementos foram representados em forma de medalha, atrás do desenho da construção, com a possibilidade de ser desmembrada em uma segunda marca para ser usada nos produtos da loja oficial e outras aplicações gráficas e virtuais na comunicação do Santuário”, explica Dôra.

 A imagem de Santa Rita em pedra sabão, do artista Ronie Ryba, que fica localizada na frente do Santuário, foi outra fonte de inspiração e elemento fundamental para a concepção desse desdobramento da identidade.

A designer ressalta ainda que: “foi muito gratificante construir essa marca inspirada nos traços e cores do desenho arquitetônico, pois me motivaram a usar cores sóbrias, contrapondo com tons claros, proporcionando um design com conceito mais clean”. E completa: “Quem olha para a marca consegue visualizar a essência do novo Santuário, que é único em todo o mundo”.

 

 

Com mais de 30 anos de experiência na área, Dôra enxergou neste projeto uma maneira de oferecer a sua santa de devoção o seu trabalho, retribuindo-lhe todas as bênçãos e graças dela recebidas. “Moro em frente ao Santuário, vi chegando a primeira máquina para o início da obra e acompanhei a construção até o final. Fazer parte dessa história doando o meu trabalho é um grande presente, uma honra e uma forma de agradecimento à Santa Rita por todas as graças alcançadas pela sua intercessão”.

O projeto de identidade visual do novo Santuário de Santa de Rita de Cássia foi aprovado pelo Senhor Paulo Flávio de Melo Carvalho, doador integral da obra, a quem a designer Dôra Borges agradece pela confiança e oportunidade de proporcionar-lhe essa realização, da qual muito se orgulha.

 

O NOVO SANTUÁRIO

Situado em Cássia-MG, o novo Santuário ocupa uma área de 180 mil metros quadrados, sendo 10.600 m2 de edificação. Abriga um Centro Comercial, a Casa para o Clero, um Velário e a réplica da casa de Santa Rita de Cássia. Com capacidade para 5 mil pessoas sentadas, 2 mil em pé, conta com sanitários, vestiários, fraldário, praça de alimentação, heliponto e estacionamento para 200 ônibus e mil carros.

 

HISTÓRIA DE SANTA RITA DE CÁSSIA

Margherita Lotti, nasceu em 22 de maio de 1381, em Roccaporena, perto de Cascia (Cássia), na Itália. Seus pais, Antônio Lotti e Amata Ferri, cristãos fervorosos, a tiveram em idade avançada, após terem pedido a Deus que lhes concedessem a graça de terem um filho. Chamavam-na carinhosamente de “Rita”. Desde criança, educada na fé cristã, rezava com muito devoção, e já se percebia traços da sua santidade. Queria seguir vida religiosa, mas os pais já idosos e preocupados com o seu futuro, acharam por bem que ela se casasse. Em obediência a eles, casou com Paolo Ferdinando, um homem rude, que os pais esperavam mudar após o casamento, o que não aconteceu. Pervertido pela bebida e quase o tempo todo fora de casa, começou a ter um comportamento violento com a esposa.

Rita suportou, pacientemente, todo o seu sofrimento e dedicou-se a educar os dois filhos, ensinando-lhes os valores passados pelos seus pais, enquanto rezava com muita fé pela sua conversão do marido, graça que recebeu após um tempo de muitas orações, jejuns e caridade. No entanto, Paolo tinha inimigos que, apesar da sua mudança de vida, o assassinaram. Os filhos de Rita juraram vingar a morte do pai, mesmo sabendo que ela tinha perdoado os assassinos. Uma tristeza grande abateu o seu coração e, temendo a perdição e o pecado deles, orou a Deus pedindo que se fosse para isso acontecer, preferia perdê-los. Pouco tempo depois, os dois adoeceram e morreram.

Como sempre sonhou em ser religiosa, Rita tentou se ingressar no convento das Agostinianas mas, pela sua condição de viúva que ia contra as suas regras, teve o seu pedido negado por 3 vezes. Ela continuou rezando e pedindo essa graça a Deus. Um dia, quando ela subiu no monte da pedra da gruta para rezar (onde sempre ia), teve uma visão dos três santos da sua devoção: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino, que a convidaram para segui-los até a porta do convento, onde desapareceram. Misteriosamente, no dia seguinte, as irmãs encontraram Rita rezando na capela e ficaram surpresas e comovidas com aquela visão. Duvidando da fé de Rita, a madre superiora lhe deu um galho seco de videira para ela regar. Após um ano de obediência, o galho floresceu e dá uvas até hoje.

No convento, Rita foi sempre obediente, humilde e piedosa. Servir a Cristo era a sua grande missão a ponto de pedir-lhe um espinho da sua coroa para experimentar o seu sofrimento na cruz. Por isso o leva o sinal de uma chaga na testa. Pouco antes de morrer, era rigoroso inverno e ela pediu a uma parenta que fosse na casa onde morou e colhesse uma rosa vermelha em seu jardim. A rosa estava lá, em meio à neve. Quando a recebeu, Rita alegrou-se e morreu pouco tempo depois, quando o odor da sua ferida foi substituído pelo perfume da rosa que trazia no peito, junto ao crucifixo de Jesus.

Santa Rita deixou um grande exemplo de fé, coragem, perdão e humildade e, por sua grande perseverança no sofrimento e amor a Deus, ficou conhecida como a Santa das Causas Impossíveis. Por isso, hoje é tão invocada nos momentos mais difíceis. Acredite no poder desta sofredora e exemplar santa e conte com a sua intercessão também.