Falha de visitas de agentes contribuiu para explosão da dengue
32 pontos de proliferação do mosquito aedes não foram visitados pelos agentes neste ano
A reunião da Comissão de Saúde da Câmara de Passos, na semana que passou, serviu para revelar uma das principais causas da explosão da dengue na cidade: a falta de visitas dos agentes a pontos de risco na cidade.
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E o problema não é novo. Na última administração de Ataíde Vilela, recorda-se, houve um boicote a esse tipo de vistorias. A administração não concordava com as reivindicações dos agentes – que praticamente cruzaram os braços – e a dengue explodiu. Pressionada pelos números do que poderia ser uma pandemia, a administração cedeu. Pagou a conta. E depois disso o aumento do aedes na cidade virou uma boa moeda de troca.
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Para comprovar essa suspeita, a Comissão de Saúde da Câmara tem os instrumentos que precisa para apurar essa realidade, ou seja, procure quanto tem custado a manutenção desse trabalho.
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Na reunião da semana que passou, ficou constatado que o município não atingiu metas de fiscalização e que 32 pontos de risco não receberam nenhuma visita de agentes neste ano. O cemitério, borracharias, ferro-velho, esses pontos precisam ser visitados a cada 15 dias, são duas visitas ao mês, totalizando 64 visitas. No ano de 2022, nenhum mês foi atingida a meta de visitas, inclusive teve quatro meses de 2022 que não foi realizada nenhuma visita.
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“Neste ano, em janeiro, não foi realizada nenhuma visita nos pontos estratégicos e em fevereiro não foi realizada", disse o presidente da Comissão de Saúde, do Podemos, Francisco Sena.
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Conforme dados apresentados pela Superintendência Regional de Saúde, as visitas às casas não atingiram o mínimo de 80% no primeiro, terceiro, quarto e sexto ciclos. Já no primeiro bimestre deste ano, o número está em 32%.
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Para a o presidente da Comissão, o vereador Francisco Sena, ainda precisa encerrar o mês de fevereiro, mas espera-se que o município intensifique essas visitas domiciliares. “O ideal, a meta é 80%, mas precisamos que o município atinja 90%, 100% de visitas, porque se ficar atingindo menos que a meta, contribui muito pra essa proliferação da dengue", disse.
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Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, Passos registrou 1.612 casos prováveis de dengue desde o começo do ano. O número representa 53,7% dos casos notificados em todo o ano passado. Só nos dois primeiros meses deste ano, Passos já registrou mais da metade de todos os casos que foram notificados em todo o ano passado.