Ex-vice-prefeito cobra análise do Plano de Mobilidade que custou R$ 300 mil

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Ex-vice-prefeito cobra análise do Plano de Mobilidade que custou R$ 300 mil

Por meio de um comentário nas redes sociais, o ex-vice-prefeito de Passos e ex-secretário de Segurança Pública na primeira gestão do prefeito Diego Oliveira, Arlindo Nascimento (foto), cobrou a discussão e a implantação do Plano de Mobilidade Urbana de Passos.

 

Histórico Político

Arlindo, substituído como candidato a vice-prefeito pelo então vereador Maurício Antônio da Silva, lembrou que, no ano passado, na condição de vice-prefeito e secretário de Segurança Pública, a empresa Lider Engenharia, de Ribeirão Preto, vencedora da licitação, elaborou o Plano de Mobilidade Urbana de Passos.

 

Processo de Elaboração

Segundo Arlindo, foram 11 meses de estudos, com pesquisas de campo, entrevistas, contagem volumétrica de veículos, audiências públicas e coleta de sugestões.

 

Plano Concluído

“Um estudo técnico de qualidade que contemplou toda a cidade, inclusive com sugestões para a Avenida Avelino Maia, a ‘avenida da moda’. Em novembro do ano passado, o plano foi entregue ao gabinete do prefeito para conhecimento e para ser encaminhado ao Poder Legislativo, visando sua análise, aprovação e transformação em lei”, argumentou o ex-vice-prefeito.

 

Exigência Federal

O plano, segundo a publicação, é uma exigência prevista em lei federal e abrange todos os fatores da mobilidade urbana, com sugestões pontuais para corrigir pontos de estrangulamento e zonas de perigo.

 

Investimento de R$ 300 mil

“No entanto, com o mês de abril chegando ao fim, o plano permanece parado na prefeitura, sem ser encaminhado ao Legislativo, conforme previsto nos termos da licitação. O município investiu cerca de R$ 300 mil na elaboração desse plano”, concluiu o ex-vice-prefeito.

 

Tirando a poeira

 

Nos meios políticos o pronunciamento do vice foi recebido com surpresa, pois ele foi gentilmente trocado na chapa eleitoral como quem troca de camisa, resolveu tirar a poeira de um assunto que, aparentemente, a prefeitura de Passos prefere manter na gaveta. E olha que ele custou a bagatela de R$ 300 mil, parece estar tirando um cochilo prolongado no gabinete do prefeito.

 

Perguntas incômodas

 

A ironia, claro, está na pergunta que não quer calar: como um plano tão caro, tão bem elaborado, tão cheio de promessas para resolver os "estrangulamentos" do trânsito, ainda não viu a luz do dia? Até para os aliados do prefeito, o seu ex-vice, com sua cobrança nas redes sociais, parece estar cutucando a onça com vara curta – ou, melhor, com um plano de mobilidade que, por enquanto, só mobilizou indignação. Enquanto isso, os cidadãos de Passos seguem navegando pelos pontos de estrangulamento, com a esperança de que, algum dia, o plano saia da hibernação. Afinal, pressa é inimiga da perfeição... ou da política.