Ex-secretário é preso na terceira fase de operação do MP e PM em Passos
O ex-secretário Wanilton Chagas foi preso em casa, no Condomínio das Nações
O ex-agente político e comerciante Wanilton Chagas Cardoso, ex-secretário de Indústria e Comércio de 2001 a 2008, nas gestões dos ex-prefeitos José Hernani Silveira (já falecido) e Ataíde Vilela, e que entre 2013 e 2016 foi secretário de Planejamento, no segundo mandato de Ataíde Vilela, foi preso em casa, no Condomínio das Nações, e não ofereceu resistência, hoje (27/5), em Passos.
No dia 19 de abril, ele chegou a conseguir um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que dava direito a ele de aguardar pelo julgamento em liberdade.
O advogado Weber Peixoto, que defende o ex-secretário, disse que a prisão é ilegal e abusiva, já que o cliente dele estava sob habeas corpus concedido pelo STJ. A defesa informou ainda que já levou ao conhecimento do ministro que concedeu o habeas corpus para que tome as medidas possíveis contra quem é de direito.
Na sua prisão, na sexta-feira, ele entregou o celular e o carregador, que estava em um dos quartos, não oferecendo resistência e dispensando o uso de algemas. Antes de ser preso, o acusado passou por exames na UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
O MPMG (Ministério Público do Estado de Minas Gerais), pela 7ª Promotoria de Justiça da Comarca de Passos, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO, Núcleo Passos, e pela Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público do Sudoeste de Minas Gerais, e a Polícia Militar de Minas Gerais, deflagraram a terceira fase da Operação "Eminência Parda" na data de hoje.
Na primeira fase foi oferecida denúncia por 27 crimes de corrupção passiva e seis crimes por lavagem de dinheiro. As investigações continuaram sobre a lavagem de dinheiro. Foram identificadas outras condutas praticadas com o mesmo modo de agir, já revelado na primeira fase da investigação, permitindo o oferecimento de nova denúncia por 22 crimes de lavagem e o cumprimento de um mandado de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão.
As investigações prosseguem. De acordo com a denúncia, o ex-agente público, com o auxílio de terceiros a ele ligados por parentesco e afinidade, por meio de reiteradas operações de lavagem de dinheiro no mercado imobiliário, procurou ocultar valores advindos de propina recebida e desvios praticados no exercício do cargo.
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