Evento em Passos reúne mais de 400 Meninos Cantores do Brasil

Passos vai sediar o Congresso Nacional Pueri Cantores na sua 17ª edição que começa nesta segunda-feira com uma apresentação da Filarmônica 14 de Maio e um espetáculo do 9º Festival da Criança no Teatro. A cerimônia de abertura dos corais será o Rito Ecumênico da Paz e o Concerto do Coro Anfitrião, às 18h de terça-feira, na igreja Matriz Senhor Bom Jesus dos Passos. O congresso nacional ocorre a cada três anos e o último foi realizado em Campo Largo, no Paraná, em 2019.

O congresso reúne dez dos 14 corais da Federação Nacional dos Meninos Cantores do Brasil, dos estados de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, e deve contar com 400 crianças e adolescentes, que vão apresentar concertos de gala na matriz, missas e concertos nas paróquias e a cerimônia de encerramento, com apresentação do grande coro, no próximo domingo, às 10h.

Vão participar do evento o Coro Carpe Diem, os Arautos do Grande Rei, os Canarinhos de Petrópolis, os Meninos Cantores de Novo Hamburgo, os Pequenos Cantores de Cássia, os Meninos Cantores de Pratápolis, o Coral Canarinho de Itabirito, os Canarinhos de Campo Largo, os Meninos Cantores de Campinas, e os Pequenos Cantores de Passos

Fora da programação do congresso, no dia 14, os membros dos corais farão uma visita ao Santuário Diocesano de Santa Rita de Cássia, em Cássia, e vão se apresentar durante a missa, às 18h, para comemorar os 50 anos dos Pequenos Cantores de Cássia.

“Estão chegando dez dos 14 corais da federação. Alguns, por outros compromissos, outras agendas, não vão poder estar presentes, mas estaremos com dez corais e teremos um total de 400 crianças e adolescentes, com faixa etária entre 7 e 18 anos, grande maioria de 12 e 18 anos. A programação é que, na segunda, as crianças passem o dia todo ensaiando, se preparando para os espetáculos à noite. As apresentações e os ensaios são abertos. As apresentações variam de 15 a 20 minutos”, afirma Felipe Terra, fundador e diretor dos Pequenos Cantores de Passos, coral anfitrião do 17º congresso.

Para ele, a realização do Congresso Nacional Pueri Cantores em Passos é importante, em primeiro lugar, para fomentar e difundir a música erudita entre crianças e adolescentes e também para difundir a cultura de corais na cidade e na região. A expectativa é que cerca de 400 a 500 pessoas prestigiem as apresentações a cada dia.

Segundo Terra, a escolha para sediar o congresso é semelhante à de uma Copa do Mundo e a proposta para que o evento fosse realizado em Passos foi feita em 2018 e confirmada em 2019. “Quando falamos desse congresso, nós estamos falamos de um sonho que se tornou realidade”, disse.

HISTÓRIA

Os Pequenos Cantores de Passos é uma instituição que começou em 2012 na extinta creche no bairro Casarão. Depois foi para o bairro Santa Luzia, Escola Nazle Jabur, e, atualmente, o coral está no antigo Cras no Santa Luzia, uma área emprestada pela Loja Maçônica. O coral faz parte da Federação Nacional dos Meninos Cantores do Brasil desde 2017.

“Eu cantei no Coral Arabesque, de 1999 até 2012, com Marcelo Esper, é lá que passei a ter gosto pela música clássica, a música erudita, e sempre me questionei por Passos não ter uma escola de música, e, principalmente, que fosse gratuita para as crianças que não têm condições de pagar, assim como eu não tive condições quando era criança, dando oportunidades para quem tem talento mas não tem oportunidade”, afirma Terra.

“Em 2012 teve um congresso regional em Cássia. Eu fui assistir e, quando voltei, disse que teríamos que ter um projeto parecido, e nisso levou dez anos para acontecer, até que o coral se estabelecesse, até entendermos o que realmente era o canto coral para crianças e adolescentes e também nos organizando para que um dia Passos tivesse essa condição de um dia poder sediar esse congresso”, disse o diretor dos Pequenos Cantores.

Segundo Terra, atualmente, o coral conta com 14 profissionais na escola de música, com aulas de clarinete, violão, violino, viola de arco, violoncelo, piano, canto coral e flauta doce e a escola sobrevive de doações e parcerias com poder público.