Empresários de distribuidoras de gás em Passos estão sendo vítimas de golpe

Uma das suspeitas é que ex-funcionários possam ter causado o incêndio

Empresários de distribuidoras de gás em Passos estão sendo vítimas de golpe
Polícia Civil segue investigações sobre incêndio criminoso em distribuidora de gás (Arquivo)

Comerciantes de botijões de gás em Passos estão recebendo ligações em seus locais de trabalho em que a pessoa exige dinheiro, senão vai ser colocado fogo no estabelecimento comercial deles também, a exemplo do que ocorreu no dia 1º de fevereiro com uma distribuidora na MG 050, quando cerca de 3 mil botijões foram incendiados. A informação é do delegado de Polícia Paulo Queiroz, que alerta para possíveis golpes que empresários de distribuidoras de gás têm sofrido na cidade após o crime.

A Polícia Civil continua com as investigações para encontrar os responsáveis pelo incêndio criminoso que atingiu um depósito de gás em Passos. Uma das suspeitas é que ex-funcionários possam ter causado o incêndio que deixou prejuízo de R$ 5 milhões. Na madrugada do dia 1º de fevereiro, imagens do circuito de segurança registraram o momento em que dois homens entram no estabelecimento e colocam fogo em um dos caminhões carregados com gás. Em poucos segundos, as chamas se espalham. Seis caminhões e um carro foram consumidos pelo fogo.

Quinze dias após o incêndio, o cenário ainda é de destruição. Dos veículos, só sobraram as carcaças. Mais de três mil botijões de gás foram queimados e o escritório da empresa também ficou completamente destruído.

Aos poucos, os materiais vão chegando para tentar reerguer a distribuidora. O prejuízo, segundo o proprietário, pode chegar a R$ 5 milhões.

"Eu estava dormindo, a empresa que faz o monitoramento ligou informando que havia um arrombamento e no momento até assustou falando que estava iniciando um princípio de fogo, que ia ligar para a polícia e bombeiros. Eu imediatamente corri para cá, mas não deu tempo de fazer mais nada, não conseguimos conter a situação e destruiu tudo", disse o dono da distribuidora de gás, Paulo Fernandes Teixeira.

A Polícia Civil trabalha com duas linhas de investigação, que buscam descobrir quem colocou o fogo, a motivação e as circunstâncias do crime. Uma delas aponta para a possível participação de ex-funcionários.

"Nós estamos ainda com as duas linhas, porque nenhuma delas pode ser totalmente descartada e uma das linhas eu posso dizer que realmente ela nos leva à questão de possíveis ex-funcionários", disse o delegado Paulo Queiroz.

O delegado que investiga o caso alerta para possíveis golpes que empresários de distribuidoras de gás têm sofrido na cidade após o crime.

"Os comerciantes estão recebendo ligações em seus locais de trabalho e tem a pessoa exigindo que elas contribuam com algum dinheiro, senão vai ser colocado fogo no estabelecimento comercial deles também, sob alegação de que nós havíamos prendido alguém que estava envolvido e que precisam desse dinheiro para pagar advogado, cada vez eles inventam uma conversa, uma forma diferente de enrolar, infelizmente nós sabemos que algumas pessoas acabaram depositando o dinheiro", disse o delegado.

As investigações continuam e enquanto os responsáveis não são encontrados, o dono da distribuidora tenta recomeçar.