Em Passos, Escola São José descobre cápsula do tempo de 1959
Descoberta dos alunos aconteceu no desenvolvimento do projeto “Resgatando a História”
A Escola Estadual São José, de Passos, descobriu uma cápsula do tempo enterrada em 1959, ano em que foi lançada a pedra fundamental do estabelecimento de ensino. O fato se deu durante o levantamento da história da escola que, este ano, completa 60 anos de existência. A cápsula contém jornais da época (O Sudoeste e Gazeta de Passos) com data de 16 de agosto de 1959 e até bilhetes. Além dela, foram entrevistados ex-diretores da escola e familiares dos dirigentes já falecidos.
O Projeto Resgatando a História da Escola Estadual São José, coordenado pelos professores Sebastião dos Reis Castro e Maria Cândida Brandão Farjalla, durou seis meses. Além dos dois professores, o projeto contou com uma comissão de alunas de séries diversas, sob a coordenação da aluna Gabriela Aparecida Coêlho Pereira, denominada “Comissão de Notáveis”, que ajudou a executar os trabalhos.
Embora a pedra fundamental tenha sido lançada em 1959, a escola só foi inaugurada em 1964. Inicialmente, ela funcionou numa casa que fica na esquina da Avenida Paulo Esper Pimenta (Perimetral) com a Rua Buenos Aires até que sua sede própria fosse construída – de início, eram apenas séries iniciais, hoje a escola tem turmas de ensino fundamental 2 e ensino médio. Depois, a escola mudou-se para a sede própria no início da Rua Ipatinga, onde hoje funciona o Centro de Pastoral da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima – local onde foi encontrada a cápsula do tempo. Atualmente, funciona no prédio inaugurado em 1974, na Rua Leopoldina. Conforme Sebastião Castro, a cápsula foi encontrada graças a uma reforma que vem sendo feita naquele centro de pastoral. “Veio enriquecer ainda mais a nossa pesquisa”, observou o professor.
Protagonismo e revista
Segundo o diretor da E.E. São José, professor Fabiano Amorim Costa, o projeto “visa resgatar e preservar a memória de uma instituição que, ao longo de seus 60 anos de existência, tem desempenhado um papel fundamental na formação de diversas gerações de estudantes”. O dirigente destaca que a iniciativa dos professores “é muito feliz em vários aspectos, mas principalmente por envolver estudantes da escola promovendo o protagonismo juvenil”.
O professor Sebastião Castro disse que “o trabalho foi muito gratificante, pois serviu de aprendizado não só para os alunos, mas também para nós, professores”. Ele observou que as dificuldades enfrentadas foram superadas “graças à garra dos alunos da Comissão de Notáveis”.
A culminância do projeto se deu com a publicação de uma revista (que está sendo lançada), que traz informações sobre a história da Escola São José, bem como entrevistas com ex-diretores e com familiares dos já falecidos. Dos doze diretores da escola, três já são falecidas: Maria Aparecida Andrade Rosa (Dona Cidoca); Idelma Santos Andrade e Marta Maria Soares; os demais diretores são: Judith Natalina Merchiorato Marianete; Eloisa Jorge de Vasconcelos; Ana Luiza Gorzato Pimenta; Maria Aparecida Gonçalves; Silvia Borges Pereira Xavier; Agnaldo Luiz Bernardes; Caetano Ingraci; Zaira Sant'Ana Andrade; Fabiano Amorim Costa e Suzane Mara de Oliveira Silva.