'DNA do Crime': superprodução brasileira estreia nesta terça na Netflix

Inspirada em crimes reais apurados pela Polícia Federal, a série de oito episódios carrega a mão nas cenas de ação e violência

'DNA do Crime': superprodução brasileira estreia nesta terça na Netflix
Dirigida por Heitor Dhalia, série policial conta com Maeve Jinkings e Rômulo Braga no elenco (Netflix/Divulgação)

Um assalto a uma transportador a de valores, de proporções gigantescas, mobilizando dezenas de bandidos, fortemente armados, que – cada qual com sua função determinada – fazem um cerco a uma cidade, apavorando moradores e deixando a polícia sem qualquer ação.

 

O crime – nada incomum nos noticiários brasileiros – é o ponto de partida de “DNA do Crime”, série brasileira da Netflix que estreia nesta terça-feira. Superprodução nacional da plataforma, a atração leva a assinatura do pernambucano Heitor Dhalia (“Serra Pelada”, “O Cheiro do Ralo”, entre outras obras) e traz no elenco Maeve Jinkings, Rômulo Braga e Thomás Aquino nos papéis centrais da trama, que se passa na fronteira entre Brasil e Paraguai.

 

Inspirada em crimes reais, a série de oito episódios carrega a mão nas cenas de ação e violência, mas tem como pano de fundo o trabalho científico da Polícia Federal para a resolução de delitos graves com base em uma complexa investigação. Seguindo a trilha das amostras de DNA coletadas, os agentes descobrem um fio que conecta o roubo no país vizinho com outros crimes recentes e desvendam um plano ainda maior envolvendo criminosos dos dois países.

 

“Na TV, tem um ‘eu’ seu que é um pouco criança, de se impressionar com aquela estrutura. Em alguns momentos da nossa filmagem, especialmente nas cenas de ação, nunca tinha filmado com tanta câmera, drones, carros. Era tudo muito grandioso. Era divertido e intimidador”, conta Maeve Jinkings, que protagoniza a série ao lado de Rômulo Braga como a agente Suellen, sobre a estrutura da produção.

 

Em entrevista coletiva online, os atores, que vivem policiais federais parceiros, contaram sobre seus personagens na nova produção tupiniquim da Netflix.

 

“Acho que conseguimos de alguma maneira neutralizar nossa história pregressa e ‘startar’ uma nova relação a partir da demanda dos personagens. A Maeve é uma amiga, uma profissional inigualável. E eu tinha que construir um cara fechado. Era difícil, pois via a Maeve me procurando, e eu recuando. E aconteceu de forma tão bonita na curva dramaturga que comecei a me abrir pra personagem/Maeve”, diz Rômulo Braga a respeito da relação de seu personagem, Benício, com a nova parceira.

 

Na produção, Benício é um agente federal atormentado pelo assassinato de seu antigo parceiro e obcecado por prender o responsável pelo crime. Já Suellen trabalha para ser mais reconhecida como uma policial federal atuante e capaz de solucionar os mais diversos crimes ao mesmo tempo em que precisa lidar com o ambiente familiar e a filha recém-nascida.

É nessa construção de uma relação de dois agentes envolvidos com o trabalho que Rômulo e Maeve demonstram uma forte energia e sintonia de atuação.

 

“Eles se encontram na paixão absoluta pelo trabalho. Ainda que no começo pareça diferente pelo Benício e pelo fato de a Suellen ter um lance mais apolíneo, acho que (os personagens) estabelecem uma relação de confiança. Num ambiente hostil e traiçoeiro, que ameaça a vida que nenhum de nós consegue dimensionar, tudo pode custar a vida, você confia em pouca gente”, sublinha Maeve, que exalta a importância de uma sólida relação para esse tipo de profissão.

 

“A série mostra isso. Mesmo dentro da equipe, eles precisam de cuidados para lidar com a informação. E a sensação de vulnerabilidade força também essa relação de confiança. Tem um elo, uma cumplicidade. A Suellen ascende através dessa dupla, é uma tábua de salvação. Eles precisam um do outro”.

 

Na mesma toada, Rômulo Braga qualifica a parceria entre Suellen e Benício como fundamental para a construção de um trabalho eficaz da PF. “Acho que os personagens se encontram e desencontram nas suas diferenças e no mesmo lugar: onde ocupam é encontro e desencontro. Eles têm um desejo comum, a paixão pelo ofício, e isso não implica disputa. A relação é generosa. Às vezes, tem uma discussão do método utilizado. Mas o desejo maior é a profissão”, pontua Braga. “E nesse jogo essas duas almas começam a se interessar um pelo outro de várias maneiras. A movimentação deles é linda. Caminhamos por todos os lugares possíveis dentro de uma relação. O que reverbera pra mim é o caminho de uma amizade profunda e sincera, sem filtros e máscaras”, conclui.

 

Veja o trailer: