Diagnósticos errados e relação sexual na UPA denunciadas na Câmara
Comentário de servidora em redes sociais foi revelado por vereador que pediu apuração e punição
Pouco mais de um mês depois que uma médica foi demitida e denunciou favorecimento de parentes dos diretores na contratação de outra profissional para a Unidade de Pronto Atendimento de Passos – fato que ainda não foi apurado (leia mais aqui) – duas novas denúncias envolvendo a UPA foram apresentadas na reunião desta semana na Câmara de Passos: a primeira foi falha no diagnóstico no atendimento a uma criança e outra de relacionamento sexual entre um médico e uma servidora no estacionamento.
O primeiro caso foi apresentado pelo presidente da Comissão de Saúde da Casa, o vereador Dirceu Soares, que disse ter sido procurado por uma família que ao levar uma criança na unidade teve que fazer três consultas: na primeira o médico apresentou um diagnóstico; na segunda o diagnóstico era outro e somente na terceira consulta é que se apurou de fato a enfermidade da criança. “Vamos levar a sério essa apuração, pois a população precisa ser respeitada”, esbravejou.
RELAÇÃO
Já o vereador João Serapião acabou tornando públicos na tribuna da Casa os comentários que circularam nas redes sociais de que um médico da UPA teria mantido relação sexual com uma funcionária nas dependências da Unidade.
Ele considerou os comentários da autora – que ele diz saber quem é, mas que não revelou sua identidade – “como um ato criminoso que afeta todos os funcionários médicos e servidoras mulheres, que estão todos preocupados”, disse.
“Conheço esse médico, que é super responsável, um dos melhores médicos que atua naquela unidade. Conclamo a Comissão de Saúde, aqui representada pelo nosso amigo vereador Dirceu Soares, e também o Conselho Municipal de Saúde, que seja aberta uma investigação (...) Essa moça que fez essa denúncia não tem embasamento, afirmando que a UPA hoje não passa de uma casa da luz vermelha, citando até o local, mais precisamente o necrotério. É uma coisa muito grave. Nós sabemos que na UPA têm homens e mulheres, pais de família, que merecem respeito. Essa pessoa que fez a acusação, por onde passa no setor de saúde da Prefeitura, só comete maldade”, disse.
O vereador relatou que a autora da acusação já tem inúmeros processos administrativos na Prefeitura e que se nada for feito legalmente, ela vai continuar fazendo. “Quando ela atuava no centro odontológico vivia andando nos corredores daquele daquela unidade de saúde fazendo intrigas. Mandada para a UPA, ela continua fazendo a mesma coisa (...) Vou fazer um requerimento ao Conselho de Saúde, para a Comissão de Saúde e ao nosso Secretário de Saúde para que seja feito alguma coisa para levar e lavar a moral dos pais e mães de família que trabalham na UPA”, continuou.
“Se ela foi capaz de fazer isso agora, uma coisa tão grave, imagina o que ela fará se não for punida ou até exonerada. Trata-se de uma funcionária incrédula, maldosa e que para mim não passa de um demônio infiltrado no local de trabalho de pessoas boas, de pessoas que simplesmente vão até aquela unidade de saúde para trabalhar e oferecer melhor de assistência médica à população”, concluiu.