Depois da Julieira, outra “vaquinha” para não levar a avenida para o brejo

Empresários pensam em “bancar” uma solução para as inundações da avenida

Depois da Julieira, outra “vaquinha” para não levar a avenida para o brejo
Nesta semana, chuva alagou a principal avenida comercial da cidade de Passos (Reprodução)

Depois que os produtores rurais da Julieira, num verdadeiro desespero por causa da omissão da administração municipal, fizeram uma vaquinha para arrumar a estrada porque a Secretaria de Meio-Ambiente e Agropecuária “embirrou” com eles, parece que a moda vai pegar em Passos. Agora são alguns empresários da Avenida Avelino Maia é que estão pensando numa outra vaquinha. E é para evitar que seus estabelecimentos acabem indo para o brejo, literalmente.

 

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A ideia é simples: contratar algumas máquinas para abrir o leito do córrego São Francisco, depois da canalização, a partir da Rua Goiás até as imediações do Frigorífico Municipal, para promover o escoamento da água que atualmente fica represada, com reflexos em toda a canalização.

 

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A própria Prefeitura fez isso recentemente para divulgar que tinha resolvido o problema das enchentes. Mas fez um serviço muito pequeno e deu no que deu nesta semana: quase desastre que serviu de advertência. Se a água não tem para onde ir, ela volta.

 

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Uma outra proposta cara e ineficiente que vem sendo pregada erroneamente é a possibilidade de fazer outro canal alternativo nas imediações da Rua Santo Antonio, o que não resolveria o problema – a exemplo do que foi feito no Polivalente. Não resolveria porque outros pontos de enchente já estão ocorrendo, como se viu nas imediações do Mercadão na última segunda-feira.

 

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Até os antigos fazendeiros não esquecem de um ensinamento prático: se quer secar um brejo, é só abrir caminho para a água sair.

 

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Mas nem tudo é alegria para a administração municipal. Não bastasse o perigo explícito revelado pelas chuvas, até os aliados de primeira hora do prefeito Diego Oliveira (por evidente interesse eleitoral, diga-se) estão preocupados com a situação de algumas das “pastas” da administração, cujos titulares foram improvisados por falta de melhor opção. Na sessão da Câmara desta semana, por exemplo, o vereador Alex Bueno, ao falar sobre a explosão da dengue, pediu que a Secretaria de Saúde reveja a sua atuação na cidade. Só para lembrar: o titular da pasta era o responsável pelo combate ao aedes – que o venceu tipo Alemanha e Brasil.

 

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Para ele (vereador que tem profundas ligações com o deputado Cássio Soares - agora aliado ao Zema), é de extrema urgência uma ação efetiva para enfrentar os problemas. “É precioso repensar a estratégia, pois a situação é recorrente”, disse.

 

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Mas diante das perspectivas de dias melhores com Lula na Presidência – já que com Bolsonaro nem a prometida Delegacia da Policia Federal saiu – vários vereadores falaram sobre a reunião com o Executivo e a Caixa para sanar um déficit de pelo menos 4 mil casas em Passos. Ficou acertado que a Prefeitura vai se inscrever no programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.

 

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Mas não foram apenas críticas que a Prefeitura recebeu na reunião desta semana. O vereador Plinio Andrade, aquele do ex-grupo G5 que peitava o gestor municipal, como lembrou seu colega Edmilson,  elogiou o trabalho de reforma da Creche São Francisco.

 

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Já o vereador Francisco Sena voltou a apresentar o levantamento da Regional de Saúde informando que o município não atingiu as metas de vistoria pela cidade, não executando o Plano Municipal de Arboviroses. Ele lamentou que a Prefeitura tenha investido mais de R$ 1 milhão em publicidade no ano passado e que essas campanhas não tenham sido utilizadas para a prevenção da dengue.