Na primeira quinzena, região tem 2 óbitos e 276 casos de covid

As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram 28.452 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas em todo o país. De acordo com os órgãos, foram confirmadas também 72 mortes por complicações associadas à doença no mesmo período. Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta sexta-feira (18). Com as novas informações, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia já soma 34.999.495. Com os números de hoje, o total de óbitos alcançou 688.907, desde o início da pandemia. Ainda há 3.181 mortes em investigação. Em Passos foram feitas 26 notificações, com 24 casos positivos. Não há internados com covid e não foram registradas mortes.

NA REGIÃO 

Em 14 dias, a região teve 276 casos de covid e duas mortes em decorrência da doença. Desde 30 de setembro, os municípios que integram a Superintendência Regional de Saúde de Passos (SRS-Passos) não registravam óbitos por covid. De acordo com dados da Secretário de Estado de Saúde (SES), foram 75 casos entre os dias 4 e 11 de novembro e 201 entre 11 e 18 de agosto. O secretário de Saúde de Passos, Thiago Salum, voltou a recomendar o uso de máscara e disse que a prefeitura deve editar um novo decreto sobre obrigatoriedade de máscaras em locais fechados e unidades de saúde.

Carmo do Rio Claro, com 111 casos e uma morte entre os 4 e 18 deste mês, foi o município com maior alta nos registros, seguido por São Sebastião do Paraíso (46 casos e um óbito), Passos (31 casos), Monte Santo de Minas (26 casos), Nova Resende (15 casos) e Cássia (11 casos).

De acordo com a Secretaria de Saúde de Passos, a covid estava com baixa incidência e teve dias consecutivos sem registros da doença. Nos últimos dez dias, as ocorrências começaram a apresentar alta e, na última quinta-feira, 17, foram 39 confirmações e 42 notificações de casos. Com isso, a secretaria informa que o boletim epidemiológico será novamente divulgado e a população está sendo orientada a colocar a vacinação em dia.

O secretário de Saúde alerta que a população deve voltar a usar máscaras. Segundo Salum, nos próximos dias deve ser editado um decreto pelo prefeito Diego Oliveira sobre o uso de máscaras em locais fechados e em unidades de saúde.

“Neste momento, minhas expectativas são muito boas quanto ao desenrolar desta nova variante. Temos que tomar nossos cuidados, mas devemos continuar a vida normalmente. Uma coisa que não se cogita mais é fechar nenhum tipo de comércio ou estabelecimento devido a essas questões sanitárias. Devem ser tomados cuidados, mas o nosso povo trabalhador também deve continuar mantendo suas rotinas. Isso foge totalmente das nossas questões, barrar as pessoas do ir e vir. Acho que temos que nos adaptar ao meio, mas sem prejudicar a economia e a população. Estamos monitorando as unidades de saúde, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Santa Casa, São José e a nossa região e, qualquer coisa, estamos abertos a tomar todas as providências cabíveis para impactar o menos possível a população”, disse.

Para a enfermeira coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Paula Fabiana Tavares Freitas Santos, um dos fatores para o aumento no número de casos é a circulação da subvariante da ômicron BQ.1. Ela também recomenda a utilização de máscaras nas unidades de saúde, principalmente nos hospitais e para portadores de comorbidades, idosos e pessoas com sintomas gripais.

“Todas as medidas preventivas neste momento devem ser adotadas para evitar a disseminação do vírus para o controle da doença, como evitar ambientes com aglomeração, manter o distanciamento, utilizar máscaras, lavar as mãos com frequência e uso de álcool. Estamos vigilantes e em alerta para poder detectar qualquer mudança no cenário epidemiológico do município, visando intervir de forma precoce em relação às medidas de controle da covid. Estamos nos reunindo semanalmente e sempre que necessário para discutir a situação e tomar as decisões”, declarou.

SES EMITE NOTA INFORMATIVA SOBRE ALTA NOS CASOS DE COVID EM MINAS

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) emitiu uma nota informativa, neste sábado, 19, sobre o aumento no número de casos de covid-19 e as novas linhagens da variante Ômicron. Segundo a SES, a medida foi adota em função de alerta do Ministério da Saúde sobre o assunto.

A secretaria informa que, no âmbito da vigilância genômica, foram identificadas em outras unidades da federação a sublinhagem BQ.1 da variante ômicron. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a BQ.1 é uma sublinhagem da BA.5, ambas descendentes da ômicron e que carregam mutações na proteína Spike.

De acordo com a nota do Ministério da Saúde, até o presente momento não existem dados epidemiológicos que sugiram um aumento na gravidade da doença por esta nova sublinhagem. Em Minas, como em outros estados, houve aumento no número de casos confirmados de covid-19 nos últimos dias.

A vigilância genômica para caracterização das variantes do Sars-CoV-2 é realizada em Minas de forma continua e, no dia 18 deste mês, foi detectada, pela primeira vez, a presença da variante BQ1.1 em duas amostras de swab nasofaríngeo, provenientes de indivíduos infectados, residentes em Belo Horizonte, e ações de vigilância para investigação e monitoramento desses casos e seus contatos já foram iniciadas.

A SES recomenda para as equipes de vigilância e assistência a saúde que orientem sobre a importância da coleta de amostras para a realização de exame de biologia molecular nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) hospitalizados, a realização do encerramento oportuno dos casos e dos óbitos para subsidiar as análises epidemiológicas, e alertar os profissionais de saúde sobre a situação epidemiológica local.

A secretaria também pede que sejam reforçadas as medidas não farmacológicas de prevenção e controle, como a lavagem de mãos e uso de álcool gel, a necessidade imediata da complementação do esquema vacinal com todas as doses de reforço, de acordo com os grupos de risco e faixas etárias.

Segundo a SES, o uso de mascara é recomendado para indivíduos com fatores de risco para complicações decorrentes da covid, como imunossuprimidos, gestantes, idosos e pessoas com comorbidades. A recomendação de máscaras também é feita a pessoas com sintomas gripais, que tiveram contato próximo de caso suspeito ou confirmado de covid, em em locais fechados, mal ventilados ou com aglomerações e nos serviços de saúde.