Cássio Soares lidera maior bloco parlamentar na Assembleia

Dois blocos da base de 57 deputados estaduais do governo Romeu Zema foram formalizados

Cássio Soares lidera maior bloco parlamentar na Assembleia
Cássio afirma que um pacote de projetos está sendo preparado em conjunto com o Palácio Tiradentes (Divulgação)

O deputado estadual Cassio Soares será, mais uma vez, líder do maior bloco formado por deputados na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, composto por 33 deputados representantes de nove partidos políticos.

 

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A formação do bloco governista foi formalizada nesta quinta-feira, 9 de fevereiro, durante a Reunião Ordinária de Plenário. “Assumo esse novo desafio com grande responsabilidade e compromisso com a população mineira. O momento é de olhar pra frente", afirmou Cassio.

 

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A formalização ocorreu após dias de articulações. Os dois blocos da base de 57 deputados estaduais do governo Romeu Zema (Novo) foram formalizados pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A comunicação foi lida em plenário nesta quinta-feira (9). Enquanto o bloco de governo, com o PSD, abrigará 33 deputados, o bloco que se autointitula de sustentação a Zema, encabeçado pelo PL, terá 24.  

 

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Maior da Casa, o bloco de governo, chamado Minas em Frente, será liderado pelo deputado estadual Cássio Soares (PSD).  Além do PSD, a coalizão será formada por Novo, Republicanos, PP, Podemos, PSC, PMN, União e Avante. Cássio afirma que ainda não discutiu com o Palácio Tiradentes quais devem ser os projetos prioritários, mas, segundo ele, um pacote de projetos já está sendo preparado. "Especialmente uma reforma administrativa que vá atender a modernização da gestão pública do governo de Minas Gerais. Mas, sobretudo, trazer para dentro da Casa um entendimento daqueles projetos, trazer os deputados para o bom debate, e, assim, aprimorar cada projeto e levá-los ao plenário", diz.

 

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Já o bloco de sustentação, intitulado Avança Minas, terá como líder o deputado estadual Gustavo Santana (PL). Foi Santana quem liderou a dissidência da bancada do PL para apoiar a então candidatura de Tadeu Martins Leite (MDB) ao invés da de Roberto Andrade (Patriota) à presidência da ALMG. Liderada pelo PL, que tem a segunda maior bancada da Casa ao lado do PSD, a coalizão será ainda formada por Patriota, MDB, PDT, PSB, PROS, Solidariedade e pela federação PSDB-Cidadania.

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A princípio, a intenção do Palácio Tiradentes era formar um único bloco com os 57 deputados estaduais da base. Entretanto, o PL, por espaço em comissões na Casa, encabeçou a formação de outro “bloco governista”. Com apenas um bloco, o Palácio Tiradentes teria poder para indicar o presidente das principais comissões, assim como teria maioria. Com dois, o Executivo, mesmo com maioria, terá dificuldades em indicar aliados para a presidência de todos os colegiados.

 

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Questionado, Santana reitera que o bloco Avança Minas não será independente, mas, sim, de sustentação a Zema. “Nunca passou pela nossa cabeça ser um bloco independente”, afirma o deputado. “Todos os deputados que chamamos para criar (o bloco) dão e darão apoio a Zema. Claro, nas matérias que forem importantes para o nosso estado”, acrescenta ele, que é filho do presidente estadual do PL, José Santana.

 

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De acordo com Santana, não se formou um único bloco porque os deputados gostariam de ter “liberdade de votação e escolha”. “Não existe obrigação. O bloco vai dar sustentação ao governo. O governador Romeu Zema tem a maioria dos deputados dentro da Assembleia, e eu estarei (pronto), como líder do bloco, para trabalhar junto ao nosso governador para fazer o segundo mandato dele melhor ainda do que o primeiro”, aponta o deputado estadual.

 

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Completa os blocos da ALMG o de oposição, cujo líder é o deputado estadual Ulysses Gomes (PT), líder da minoria na última legislatura. Formalizada na última terça-feira (7), a coalizão terá 20 deputados estaduais. Além do PT, o bloco terá o PCdoB e o PV e a federação Rede-PSOL.