Capitão América - Admirável Mundo Novo chega ao Cine Roxy
Quarto filme do herói, que estreia nesta quinta-feira (13), falha em tentar copiar a fórmula de seus antecessores
Sem assumir diretamente qualquer pretensão a fazer um comentário político, Capitão América: Admirável Mundo Novo, de Julius Onah, acaba sendo lançado num contexto em que é impossível não lembrar indiretamente de Donald Trump. Afinal, na tela e na vida real, o cara que sentou na cadeira de presidente dos EUA acaba se tornando uma pessoa monstruosa, que literal ou figuradamente, desmonta a Casa Branca. Na tela, interpretado pelo ex-Indiana Jones Harrison Ford.
Deixando de lado suas diferenças com Thaddeus Ross, o militar que se tornou presidente dos EUA, Sam Wilson/Capitão América vai juntar-se a ele (Divulgação)
Indiscutível mesmo é que a nova aventura do universo Marvel quer colocar em movimento o novo Capitão América, Sam Wilson (Anthony Mackie), investido no papel pelo antigo possuidor do escudo, Steve Rogers (Chris Evans). Ajudado pelo novo Falcão, Joaquin Torres (Danny Ramirez), Sam vai reencontrar-se a contragosto com um velho conhecido, Thaddeus Ross (Harrison Ford), o militar responsável por separar os Vingadores e que agora foi eleito presidente do país.
Não é um encontro que desperte boas lembranças, mas o Capitão América não pode negar um convite do mandatário. De quebra, pede para levar à Casa Branca ninguém menos do que Isaiah Bradley (Carl Lumbly), que teve boa parte de sua vida destruída pela sinistra participação de experiências com o Soro do Supersoldado. Mas a visita acaba desencadeando um incidente internacional, já que Isaiah e outros convidados tentam matar o presidente - que naquele momento recebia governantes de outros países, tentando fechar um acordo para controle e distribuição equitativa do cobiçado adamantium, o poderoso metal contido na Cúpula da Ilha Celestial.
A trama tem por trás Samuel Sterns (Tim Blake Nelson), personagem severamente afetado pela radiação gama que foi manipulado por Thaddeus Ross no passado, em troca de uma série de promessas não-cumpridas. Por conta disso, Sterns tudo fará para atrapalhar os planos de Ross pelo controle do adamantium, usando seu conhecimento de uma forma de controle da mente que está por trás do atentado contra ele.
Deixando de lado suas mágoas contra o presidente, Sam fará de tudo para ajudá-lo, ao mesmo tempo que tentando salvar Isaiah de uma nova prisão e do risco de uma pena de morte.
Não faltam lutas, ação e adrenalina nestas novas aventuras de Sam Wilson, com Joaquin Torres bastante bem no papel do ajudante engraçado e pronto para toda obra. É claro que é um “filme de menino”. Há três pequenas participações femininas, de Shira Haas como Ruth Bat-Seraph, a tinhosa chefe da segurança do presidente; Xosha Roquemore, como a agente Leila, que é a assessora direta do presidente; e numa fugaz aparição, Liv Tyler, a filha estremecida de Thaddeus Ross.
Aliás, falando em política, não deixa de ser sintomático que o novo Capitão América seja um afro-americano, o Falcão, um latino e o diretor do filme, um nigeriano.- exatamente o tipo de pessoas que Trump e seus aliados desprezam e/ou querem deportar.
A já tradicional cena pós-créditos está lá. Fique até o fim dos letreiros. (Neusa Barbosa/CineWeb)
Capitão América - Admirável Mundo Novo (Captain America - Brave New World) EUA, 2025. Gênero: Ação , Aventura , Fantasia , Ficção científica. Duração: 118 minutos. Classificação: 12 anos . Direção: Julius Onah. Elenco: Anthony Mackie , Harrison Ford , Tim Blake Nelson , Liv Tyler , Danny Ramirez , Shira Haas , Xosha Roquemore , Carl Lumbly. Cine Roxy, em Passos, 18h30 (leg) e 21h15 (dub)