Candidatos e partidos começam a montar os palanques em Minas Gerais

Estado tem o segundo colégio eleitoral do Brasil. Tradicionalmente quem será o próximo presidente, pois quem ganha em Minas ganha no Brasil

Candidatos e partidos começam a montar os palanques em Minas Gerais
Nesta semana o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deverá comunicar oficialmente o seu posicionamento no processo de sucessão (Divulgação)

Os principais colunistas políticos de Brasília e Belo Horizonte já dão como certo que o  senador Rodrigo Pacheco não vai participar da disputa para a Presidência da República, como queria o presidente do PSD, Gilberto Kassab – que já estaria em busca de um novo candidato para a legenda na sucessão presidencial.

Rodrigo, recluso desde o início do recesso do Senado e sem participar de polêmicas ao contrário dos outros presidenciáveis, vai permanecer na presidência do Congresso e pode ser candidato a reeleição na próxima legislatura. Depois pode pensar em voos mais altos. No retorno dos trabalhos do Congresso nesta semana ele deverá oficialmente revelar o que vai fazer no processo eleitoral deste ano.

 

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Com a decisão de Pacheco, começam efetivamente agora as montagens dos palanques dos presidenciáveis, estruturados a partir dos candidatos ao Governo do Estado. Minas, o segundo colégio eleitoral do Brasil – e tradicionalmente o que indica quem será o próximo presidente, pois quem ganha em Minas ganha no Brasil – ainda não está eleitoralmente envolvido nessa disputa. Tanto Bolsonaro quanto Lula, Moro e Ciro não estão fechados com as lideranças políticas mineiras que estarão na disputa.

 

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Se bem que isso não quer dizer muita coisa, ou seja, o eleitor mineiro não costuma vincular os candidatos a presidente com os que pleiteiam o Governo do Estado. Prova disso foi o pleito passado, quando Zema não tinha qualquer ligação com Bolsonaro e Pimentel amargou um terceiro lugar apesar do desempenho de Hadad. Em São Paulo foi diferente, quando Dória só se elegeu por causa da imagem do presidente.

 

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Os presidenciáveis ainda não têm palanques fincados oficialmente em Minas, mas as especulações indicam que Kalil deverá fazer campanha com Lula – o que ainda não está formalizado, pois o partido não tem outro candidato da legenda viável no Estado e vai ter que engolir o prefeito de BH. No último final de semana o deputado Odair Cunha, nome forte do partido em Minas, defendeu essa possibilidade e há correntes dentro do PT que chegam a indicar Patrus Ananias como vice de Kalil. Na semana passada o ex-governador Fernando Pimentel – que saiu do Governo do Estado com índices bem negativos – se encontrou com Lula para tratar da campanha petista no Estado.

 

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O governador Zema, que atualmente tem uma certa aproximação com Bolsonaro, se continuar no Novo vai ter que dar seu palanque para o candidato do partido, o empresário Felipe d’Avila – que ninguém conhece. Neste caso, Bolsonaro não terá palanque – como, aliás, ocorreu há quatro anos.

 

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Em situação totalmente indefinida estão os candidatos Sérgio Moro e Ciro Gomes. João Dória tem um problemão, pois os tucanos mineiros se dividiram nas prévias do partido. O MDB, que tem grande estrutura no Estado, não sabe a quem seguir apesar de ter como candidata a senadora Simone Tebet.