Candidato de oposição cresce para eleição na Assembleia
Bancada do PSD define sua posição na escolha do presidente da Assembleia nesta segunda
Uma das últimas raposas da política mineira, o ex-governador Hélio Garcia, certamente inspirado em seus mestres, costumava comparar os primeiros movimentos de um novo mandato governamental ao transporte de porcos. No embarque é aquela gritaria, grunhidos e mordidas. Mas nos primeiros metros da viagem vem a acomodação, cada um ocupa o seu espaço e reina a paz. E agora, na sucessão da Mesa da Assembleia Legislativa de Minas, a história se repete. A gritaria e torno da presidência da Casa está parecendo o segundo turno da eleição estadual.
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E pelo andar da carruagem até agora, a estratégia dos correligionários do governador Romeu Zema parece não estar sendo bem sucedida. Se bem que no seu primeiro mandato ele já não contava com isso e não teve problemas sérios no parlamento. Só barulho... Mas a proximidade do início dos trabalhos legislativos faz aumentar a tensão entre os dois principais grupos que disputam o comando da Assembleia Legislativa de Minas.
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O candidato da oposição, Tadeu Martins Leite, do MDB, tem levado vantagem sobre o candidato apoiado pelo governador Romeu Zema, Roberto Andrade, do Patriotas. Antigas rusgas entre deputados e os articuladores políticos do governo colaboram para aumentar a força de Tadeu Leite, que tem avanço, inclusive onde o grupo de Zema contava como apoio certo.
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Na semana que passou, por exemplo, a bancada do PL decidiu apoiar o candidato da oposição. E dela faz parte o atual vice-presidente, Antonio Carlos Arantes, até então um fiel escudeiro de Zema na Casa e que pretendia ser presidente mas acabou desistindo porque não teve apoio do governador.
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O próximo alvo dos dois candidatos é o PSD, que se reúne nesta segunda-feira para se posicionar em bloco em torno de um dos dois candidatos. O partido é presidido pelo ministro Alexandre Silveira, das Minas e Energia, que não esconde a preferência pelo apoio ao emedebista. Na vice-presidência está o deputado Cássio Soares.
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Mas ao que se informa a bancada anda insatisfeita com o ministro, que apesar de ganhar a pasta no governo Lula não a levou de “porteira fechada”. Já é fato que ele não consegue nomear ninguém de seu grupo para os principais postos na pasta, pois está sendo barrado pelos interesses do PT mineiro – que também está insatisfeito porque não emplacou nenhum nome nos ministérios.
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Como se vê, nessa analogia à historinha de Hélio Garcia o embarque da nova legislatura da política mineira está apenas começando... Depois dos primeiros kms, como também mostra o folclore da política mineira, são todos da mesma bancada, o PG – partido do governo.