Bombeiros iniciam o oitavo dia de buscas por corpo de aposentado
Trabalho no Porto de Guapé é feito por bombeiros de Passos, Belo Horizonte, Poços e de Brasília
Os trabalhos dos bombeiros militares de Passos, Belo Horizonte e Poços de Caldas continuam com o objetivo de localizar o corpo do aposentado de 75 anos no Lago de Furnas. As buscas, que hoje completam oito dias, se concentram no Porto de Guapé (MG), onde José Eugênio da Silva se jogou na água dentro de um carro na tarde do primeiro domingo do ano.
Na manhã de ontem chegou no local um caminhão da equipe formada por seis bombeiros de Brasília (DF), trazendo na bagagem um sonar de alta precisão para localização de objetos submersos. Os trabalhos de rastreamento se iniciaram no período da tarde, porém as imagens seriam analisadas no período da noite e o resultado não foi divulgado. Até este domingo, o equipamento utilizado era da companhia de Passos, batalhão especializado de Belo Horizonte, Delegacia da Marinha e da empresa ScubaMinas, ambas em São José da Barra.
“Foram realizados dois mergulhos mapeados no sábado, mas sem resultado positivo quanto à localização do veículo com o corpo dentro, e voltaremos aos trabalho amanhã na expectativa de sucesso através das imagens do sonar dos bombeiros do Distrito Federal”, disse esperançoso o Major Guilherme, o batalhão de Poços, que acompanha as buscas no Posto de Comando instalado provisoriamente na margem da represa, município da Barra.
RETIRADA
O major Guilherme revelou que enquanto tiver viabilidade técnica para o trabalho dos bombeiros, as buscas não cessarão. O tempo chuvoso pode ser um dos empecilhos em determinados dias.
Quando o carro do aposentado for localizado, todavia sem nenhuma previsão, o major Guilherme revelou que a maneira mais adequada para o seu içamento é amarrar bolsões de ar no veículo. “Nosso foco é o corpo do aposentado. Depois vamos analisar a melhor técnica a ser aplicada para que o veículo seja trazido à superfície do lago e posteriormente em terra firme”, explicou.
O bombeiro militar também esclareceu o motivo pelo qual o automóvel ficou por vários minutos boiando, tão logo se despencou da balsa que faz a travessia no porto. “Existem vários focos de ar nele, como por exemplo os pneus. Isso retardou o afundamento da carcaça por completo”, esclareceu o major.
Outro provável motivo, eram os vidros fechados. No vídeo divulgado no dia do fato, só após ter uma das laterais quebrado por uma pessoa, que tentou evitar o afogamento do aposentado, e foi aí que teve início a submersão