Arte ou dinheiro na nova série “O Estúdio”

Comédia é sobre os dilemas de um executivo de um estúdio de cinema recém promovido à presidente da empresa

Arte ou dinheiro na nova série “O Estúdio”
Seth Rogen, Catherine O’Hara, Evan Goldberg, Bryan Cranston e Chase Sui Wonders estão no elenco da série da Apple TV (Divulgação)


Um dos assuntos recorrentes da indústria cinematográfica é falar sobre si mesma. Diversos filmes, como “La La Land” e “Mank”, brincam com essa metalinguagem ao contarem histórias sobre personagens que vivem os bastidores de Hollywood, seja como atores, roteiristas e produtores. Esse também é o caso da nova série original da Apple TV, “O Estúdio”, que chega na plataforma de streaming nesta quarta, 26 de março. A produção é uma comédia estrelada por Seth Rogen (“Vizinhos”) e também tem no elenco nomes como Catherine O’Hara (“Schitt’s Creek”), Evan Goldberg (“A Entrevista”), Bryan Cranston (“Breaking Bad”) e Chase Sui Wonders (“Morte Morte Morte”).

Em “O Estúdio”, Rogen interpreta o protagonista Matt Remick, um amante de filmes que acaba de ser nomeado presidente da problemática produtora cinematográfica Continental Studios. Apesar deste ser o trabalho dos sonhos de Matt, sua promoção não é algo óbvio, uma vez que ele é visto como um executivo que coloca a arte à frente do dinheiro. Isso é uma questão que não agrada o CEO Griffin Mill (Cranston), que acabou de comprar os direitos de uma bebida popular chamada Kool-Aid. Porém, ao prometer que a sua prioridade seria aumentar os rendimentos da empresa, Matt acaba conseguindo o cargo.

O trabalho será mais difícil do que ele imaginava, principalmente porque o protagonista é uma pessoa que se importa muito com a opinião dos outros. Ao quererem ser aceitos pelos profissionais de Hollywood, Matt e sua equipe vivem fazendo um constante malabarismo ao tentar conciliar as demandas corporativas dos empresários com as ambições criativas dos artistas. O maior dilema do personagem é se é possível fazer dinheiro, ao mesmo tempo. No final, toda essa loucura tem por objetivo manter os filmes como algo vivo e relevante em um mundo no qual esse formato compete com a televisão e as próprias redes sociais.