Apple TV mostra as heroínas da resistência no Afeganistão

Documentário produzido por Jennifer Lawrence e Malala Yousafzai mostra a luta das mulheres no Afeganistão depois da ascensão do Talibã ao poder

Apple TV mostra as heroínas da resistência no Afeganistão
Mulheres foram proibidas de estudar, trabalhar e aparecer em público sem um homem da família como acompanhante (Divulgação)

A frase “Pão e Rosas” se tornou um verdadeiro grito de guerra das causas feministas no mundo todo. Originária de um poema escrito pela norte-americana James Oppenheim, em 1911, essa frase se tornou sinônimo de justiça e dignidade para as mulheres. Por conta disso, nada mais justo do que “Pão e Rosas” ser o título do novo documentário da Apple TV, uma produção que retrata a luta de resistência feminina depois da invasão do Talibã no Afeganistão. O grupo fundamentalista islâmico sunita retornou ao poder em 2021, depois da retirada brusca – e desastrosa – de tropas militares norte-americanas, que ocupavam o país desde 2001.

O documentário, que estreia na plataforma de streaming nesta sexta, 21 de junho, irá retratar como, de forma muito rápida, os direitos mais básicos das mulheres foram totalmente abolidos. Com o Talibã no poder, elas foram proibidas de estudar, trabalhar e aparecer em público sem um homem da família que servisse de acompanhante. Ao longo da produção, o documentário irá acompanhar três mulheres afegãs que estão na luta pela recuperação dos seus direitos, mostrando a resiliência e as dificuldades enfrentadas por elas ao lutarem contra um sistema que as oprime nos sentidos mais primários.

Pão e Rosas” é um documentário bastante provocativo e verdadeiro, chamando atenção para a luta das mulheres no Afeganistão no seu dia a dia. O projeto tem como produtoras a atriz Jennifer Lawrence, vencedora do Oscar, e a ativista dos direitos humanos Malala Yousafzai, vencedora do Nobel Prize e vítima de um atentado do Talibã com apenas 15 anos de idade, quando já era uma voz ativa em defesa do direito das mulheres estudarem. O documentário também mostra que a questão de proibir as mulheres de irem para escola é uma questão com motivações inconfessáveis e desumanas – o próprio grupo fundamentalista declarou ser mais difícil recrutar soldados cujas mães possuem melhor nível de escolaridade.