ALAGO busca apoio em Brasília para a garantia efetiva da cota 762
Associação apura que está sendo estudada uma nova resolução que deverá atender o multiuso das águas, o que possibilitará o maior enchimento possível para o do lago de Furnas
O trabalho promovido pela Associação dos Municípios do Lago de Furnas - ALAGO, na semana que passou em Brasília, está sendo considerado de grande importância para a obtenção de sucesso na luta que empreende, há anos, com foco na defesa dos interesses do Estado de Minas. O professor Djalma Francisco Carvalho, presidente da entidade que congrega 34 municípios lindeiros e atual prefeito da cidade de Cristais-MG, munido da experiência e autoridade de quem atuou como professor titular de Hidráulica Geral do Centro de Ciências Exatas da PUC-MG e como professor assistente de máquinas hidráulicas, possuindo ainda inúmeros outros títulos em áreas relacionadas e sendo detentor do reconhecimento de sua ilibada atuação como homem público, teve portas abertas para expor a tese por ele defendida, junto a ministros e outros gabinetes na capital federal. É que no seu entender, aqueles por ele procurados, poderiam auxiliá-lo no encaminhamento de uma solução para o impasse criado com o desrespeito ao multiuso das águas, que ocorreu, mais notadamente, na última década.
Na companhia do secretário Executivo da Alago, Fausto Costa, e contando com o apoio de lideranças estaduais, municipais e federais, Djalma fez uma verdadeira peregrinação por três dias a diversos gabinetes na capital federal, em busca de seus objetivos. Na pauta, a tentativa de esclarecer e convencer as autoridades visitadas, sobre a necessidade de, a nível federal, serem tomadas providências simples, mas capazes de corrigirem os erros de gestão cometidos até então, e responsáveis pelos sérios prejuízos econômico-sociais-financeiros e ambientais impostos ao estado de Minas.
O professor Djalma apresentou a cada um de seus interlocutores dados concretos e argumentos convincentes sobre o assunto em pauta. Ao final de cada visita, saía do gabinete com a promessa e a certeza de haver conseguido mais um, ou talvez alguns mais, simpatizantes à causa e todos reconhecendo a importância de ser respeitada pelos operadores do sistema, a manutenção de uma cota mínima, por ele pleiteada.
Segundo o professor, o respeito ao direito constitucional do multiuso é ponto pacífico para todos os envolvidos com a questão regulatória hoje em vigor e isto ele comprovou nas visitas e nos diálogos realizados.
Em nome da Alago, Djalma convidou ministros e demais autoridades por ele ouvidas para que visitem esta importante região mineira, já que o nível do lago hoje está oscilando em torno de 70%. Só mesmo aqui, in-loco, nesta atual condição do lago, eles sentirão e comprovarão o clima de ânimo que já se instaurou na região e constatarão a possibilidade de que, podemos sim, gerar novamente, milhares de vagas de emprego e renda, a exemplo do ocorrido em décadas passadas.
Com esta pequena ajuda, garantia de fixação de uma cota mínima, eles perceberão o que significará para o país, a exploração econômica destas águas, nas suas mais diversas formas. Agricultura, pecuária, turismo, náutica, gastronomia, piscicultura e tantas outras. A Angra Mineira, para se tornar realidade por aqui, depende de muito pouco! Toda a região no entorno do lago já possui alguma infraestrutura como: rodovias, ferrovia, aeroportos, distribuição de energia elétrica, telefonia, hotéis, pousadas, outros empreendimentos ávidos de retornarem à ativa, além de estar muito próxima de grandes cidades polo. Portanto, o investimento em infraestrutura será muito aliviado.
Exemplificando o que significa o lago ostentando um bom volume de água, estima-se que só na região de Formiga, Pimenta, e Capitólio, o fluxo turístico receptivo neste carnaval de 2022, ressurgiu atingindo a casa dos 100 mil visitantes. Somem-se a estes alguns outros milhares de turistas que estiveram visitando as outras 31 cidades localizadas no entorno do lago, notadamente no sul do Estado. Assim, pode-se constatar que o futuro da indústria “sem chaminés”, é sim, muito promissor por estas bandas.
RESULTADOS IMEDIATOS
O Ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, aceitou o convite da ALAGO e prometeu para breve a sua visita à região para conhecer a importância para a exploração dos inúmeros atrativos turísticos aqui catalogados. A Angra Mineira, para se tornar realidade precisa de muito pouco e inclusive as questões ambientais que envolvem a implantação de polos turísticos. Não há, portanto, entraves legais ou judiciais e nem a necessidade de se investir neste quesito.
APOIO DO SEBRAE
Outra vitória obtida em Brasília pela ALAGO foi a aprovação pelo presidente do Sebrae, Carlos Melles, de um projeto da ALAGO que tem como objetivo a capacitação de operadores dos serviços de comércio e turismo e a execução de um inventário turístico. Também a realização de ciclos de palestras voltadas para a área, foram ajustadas e todas estas benesses serão ofertadas aos municípios lindeiros.
Os liderados pela ALAGO obtiveram a informação de que por ela está sendo estudada uma nova resolução que deverá atender o multiuso das águas, a qual possibilitará o maior enchimento possível para o do lago, antes do período de seca, acumulando assim a matéria prima que é vista como estoque de energia a ser produzida: água estocada! Proximamente, conforme afirmou o presidente da agencia reguladora, será realizada uma consulta pública junto a toda a cadeia de usuários para se definir de vez as questões do multiuso, considerando o balanceamento entre afluências e defluências de forma mais equilibrada e eficaz.
Como resultado direto da visita da ALAGO à Brasília, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o presidente de Furnas, Clóvis Torres, estarão visitando a região nesta segunda feira (14), sendo que várias lideranças e autoridades comporão a comitiva oficial e inúmeras outras constam da seleta lista de convidados.