21% dos brasileiros temem que discussões políticas atrapalhem a ceia de Natal
Duas pesquisas revelam os assuntos proibidos para a celebração este ano no Brasil
A plataforma Preply realizou uma pesquisa com internautas de todo o país para saber quais os assuntos proibidos e os preferidos na ceia ou almoço do Natal. Na categoria de assuntos proibidos, a “política” aparece em primeiro lugar (53,4%). Em seguida vêm problemas, desafios ou questões pessoais (40,8%), fofocas sobre conhecidos (39%), fofocas sobre celebridades (36,2%) e religião (25,8%).
Já entre os assuntos preferidos, lidera a lista as viagens e próximos destinos (65,4%); histórias de família (32,8%); resoluções para os próximos anos (52,8%); piadas e memes (31,6%) e receitas culinárias (29,4%).
Outra pesquisa divulgada na semana que passou confirma a preocupação. A Genial/Quaest mostra que 21% dos brasileiros - um a cada cinco - têm receio que discussões políticas atrapalhem a celebração de Natal, mesmo um ano após as eleições, período marcado por uma polarização intensa entre apoiadores de Bolsonaro e Lula.
De acordo com o levantamento, 10% dos entrevistados afirmam que as divergências políticas foram decisivas para escolher não se reunir com familiares no natal. Outros 9% afirmam que conhecem familiares que não irão aos encontros de final de ano por razões políticas.
A pesquisa ainda indica que o receio de discussão é maior entre os jovens. "Entre os que têm de 16 a 34 anos, 23% têm medo que as reuniões terminem em briga, contra 20% de quem tem entre 35 e 59 anos e 18% entre os mais velhos", indica o levantamento. Apesar disso, para 82% dos entrevistados o natal segue sendo um momento importante de celebração.
O levantamento também indica que 25% dos brasileiros afirmam que a ceia de Natal deste ano será mais "farta"; 36% disseram que vai ser igual à do ano anterior; e para 35%, será pior. "A diferença entre eleitores de Lula e de Bolsonaro, neste ponto, é gritante: 39% dos petistas afirmam que será mais farta, contra apenas 10% de Bolsonaro", ponta a pesquisa.
"Do total, 22% afirmaram que vão comprar mais presentes de Natal que no ano passado, 27% disseram que vão adquirir a mesma quantidade, e 48% responderam que as comprar vão minguar. Já sobre presentes, 67% dos bolsonaristas afirmam que vão comprar menos coisas neste ano, contra 33% dos que declaram voto em Lula", conclui.
BRASILEIRO COMEMORA COM A FAMÍLIA
Uma outra pesquisa, desta vez da C.Lab, laboratório de pesquisa da Nestlé Brasil, em parceria com a plataforma Receitas Nestlé, apurou que comemorar o Natal faz parte do calendário de 88% dos brasileiros. E a preparar a ceia é a atividade mais trabalhosa da época - e, mesmo assim, 78% das pessoas costumam comer com a família em casa.
De acordo com o levantamento, 79% afirmam não ter um prato típico natalino na sua região. No entanto, receitas locais se fazem presentes na noite de Natal: no Norte, por exemplo, se destaca pato no tucupi, pirarucu de casaca, vatapá e mousse de cupuaçu.
Já os nordestinos não deixam de colocar à mesa a paçoca de carne de sol e a galinha à cabidela.
O Centro-Oeste prefere o arroz com pequi.
E o Sudeste opta pelos clássicos peru e rabanada.
Por fim, no Sul, os gaúchos não esquecem de preparar seu tradicional churrasco.
O estudo aponta também que os pratos tradicionais, em sua maioria, são preparados em casa: 93% fazem assado (carne, leitão, peru, chester, tender) e 91% preparam a sobremesa (pudim, mousse, pavê, manjar).
Ainda segundo o levantamento, 78% das pessoas afirmam que preparam a ceia de Natal e 66% pretendem fazer e/ou comprar comidas diferentes, levando em conta a importância de pratos diversos e inovadores, mas que sejam acessíveis.
A pesquisa ouviu pessoas de todas as regiões do país, sendo 52% mulheres e 48% homens. 57% dos entrevistados moram com companheiro ou companheira e 48% com filhos.
“A comida consegue reunir as pessoas em torno da mesa, estabelecer vínculos e fortalecer laços afetivos, especialmente no Natal, quando as tradições são transmitidas de geração para geração e se tornam parte da identidade familiar. É uma experiência que, muitas vezes, remete às memórias e rituais de família”, conclui Lucas Fabozzi, gerente de Marketing e Comunicação de Receitas Nestlé.